O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em visita ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira (9 de janeiro de 2024), onde conferiu de perto as obras restauradas após os desastrosos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro. As peças estão expostas no térreo do palácio, e assumem um papel simbólico na reconstrução da história recente do Brasil.

Durante a visita, Lula expressou descontentamento com a disposição atual da galeria que reúne fotos de todos os ex-presidentes, sugerindo uma mudança significativa. Ele pediu que, ao invés de simplesmente apresentar as datas de nascimento e falecimento, seja mostrada a data da posse de cada presidente. Para ele, essa alteração é fundamental para que as futuras gerações compreendam o contexto político em que cada um governou.

"As pessoas querem saber em que período essas figuras governaram, é essencial que a história registre como eles chegaram ao cargo", afirmou Lula, enfatizando a relevância do registro histórico. O presidente quer que a galeria "conte a história" e informe os visitantes sobre os acontecimentos durante os mandatos de cada ex-presidente.

O momento mais marcante da visita foi quando Lula aproveitou para discutir eventos controversos do passado recente, mencionando o impeachment de Dilma Rousseff. "Esse aqui tomou posse em função do impeachment da Dilma", disse, referindo-se a Michel Temer, apontando para sua foto na galeria.

Lula também não poupou críticas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro. "Esse aqui [Jair Bolsonaro] foi eleito em função das mentiras", declarou, gerando reações entre os presentes e deixando claro seu descontentamento com o legado bolsonarista.

Acompanhado de sua esposa, a primeira-dama Janja Lula da Silva, o presidente anunciou que a galeria receberá QR codes. Essas informações adicionais permitirão que os visitantes acessem mais detalhes e contextos sobre a vida e a presidência de cada ex-líder, promovendo assim um aprendizado mais profundo sobre a política nacional.

Essas mudanças, além de restaurar a galeria, visam também reverter as narrativas que permeiam a história do Brasil e dar voz a acontecimentos que moldaram o país, consolidando a importância da memória política no cotidiano dos cidadãos.