A tão aguardada Policlínica de Cordeirinho, prevista para ser inaugurada em 2021, continua em obras com avanços alarmantemente lentos. Situada na região litorânea de Maricá, a estrutura de saúde que custou R$ 4,8 milhões está em construção desde 2020, ano da colocação da pedra fundamental.

Em março de 2025, a obra ainda se encontra na fase de montagem da laje, e os habitantes se perguntam: por que a saúde continua sendo um assunto negligenciado pela gestão local? Recentemente, nossa equipe visitou o canteiro de obras e confirmou que não há qualquer previsão de conclusão, muito menos de inaugurá-la para atender a população.

Quando foi anunciada, a Policlínica de Cordeirinho fazia parte de um ambicioso projeto que contemplava a construção de quatro unidades em Maricá, garantindo atendimento diário das 8h às 20h para a população. Isso incluiria encaminhamentos pela Atenção Básica nos Postos de Saúde, mas até agora nenhuma das outras policlínicas foi construída. A expectativa era que a policlínica oferecesse especialidades essenciais, como pediatria, ginecologia, clínica geral, ortopedia e endocrinologia, além de contar com exames de raio-x digital, ultrassonografia e ecocardiograma, todos agendados para otimizar o atendimento e reduzir as filas - um sonho distante para os moradores.

Além disso, é importante ressaltar que a falta de um atendimento adequado na cidade é uma questão crítica, especialmente em áreas em crescimento, como Ponta Negra. Local que cresce a passos largos, Ponta Negra carece urgentemente de um posto de atendimento 24 horas. Atualmente, aqueles que precisam de atendimento de urgência precisam se deslocar cerca de 20 km, algo inconcebível em um município que possui recursos financeiros suficientes. A indignação da população é crescente, e a necessidade de ações efetivas na área da saúde torna-se cada vez mais evidente.

Enquanto isso, a necessitada população se vê à mercê de promessas não cumpridas. A situação atual não é apenas insustentável, é uma questão de vida ou morte para muitos.