Nação

Médica sob investigação por homicídio após morte de defensora com DIU: O que você precisa saber!

2025-03-30

Autor: Gabriel

A Polícia Civil de Roraima está investigando a médica Mayra Suzanne Garcia Valladão por um possível homicídio culposo após a morte da defensora pública Geana Aline de Souza, de 39 anos. Geana faleceu em 25 de março, uma semana depois de ter passado por uma tentativa de inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) realizada pela médica no dia 18.

A investigação se concentra em verificar se houve negligência, imperícia ou imprudência por parte da profissional. Imediatamente após o procedimento, Geana começou a apresentar febre e dores intensas. Tragicamente, a causa de sua morte foi identificada como uma infecção generalizada, que se originou no colo do útero e acabou provocando falência de órgãos. Um caso que levanta sérias preocupações sobre a segurança nos procedimentos médicos e a responsabilidade dos profissionais de saúde.

No dia 28 de março, o consultório de Mayra foi inspecionado pela Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, sob a supervisão da delegada Jéssica Muniz, responsável pela investigação. A vistoria teve como finalidade avaliar as condições de biossegurança dos equipamentos utilizados durante o atendimento à defensora, levantando questões sobre a adequação das práticas médicas adotadas.

A polícia agora aguarda o laudo pericial do material biológico da vítima, que está sendo elaborado pelo Instituto de Medicina Legal (IML). Este laudo será fundamental para concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público e à Justiça, potencialmente resultando em um processo criminal.

Além disso, o Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) também instaurou uma sindicância para apurar a conduta da médica. Apesar de Mayra afirmar possuir pós-graduação em ginecologia e obstetrícia, a investigação revelou que não há registros de especialização ou de Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em seu nome no site do CRM-RR, gerando dúvidas sobre sua qualificação.

Em uma declaração que se seguiu à morte de Geana, a médica caracterizou o incidente como uma "fatalidade" e alegou ter prestado toda a assistência necessária à paciente. No entanto, ela rapidamente apagou a publicação, suscitando ainda mais controvérsias.

O Ministério Público de Roraima também está em ação, abrindo um processo para verificar as circunstâncias em torno do falecimento. Este caso não apenas expõe questões sobre a medicina em Roraima, mas também levanta um debate importante sobre a ética e a responsabilidade na profissão médica. A população aguarda ansiosamente por respostas sobre como um procedimento rotineiro pode levar a uma tragédia tão devastadora.