Mistério em Paris: fotógrafo mineiro deixa celular em vaso antes de desaparecer perto do Rio Sena
2025-01-02
Autor: João
A situação em torno do desaparecimento do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, em Paris, se torna cada vez mais intrigante após a divulgação de imagens de câmeras de segurança. As gravações revelam Flávio deixando seu celular em um vaso de plantas nas margens do Rio Sena, onde foi visto pela última vez no dia 26 de novembro.
A advogada Carolina Castro, prima de Flávio, informou que as autoridades francesas estão investigando as imagens de diversas câmeras na região. "As gravações mostram Flávio deixando o celular no vaso e em seguida caminhando em direção ao rio", explicou Carolina em um vídeo compartilhado nas redes sociais.
As últimas imagens de Flávio o mostram parado às margens do Sena. Porém, devido ao movimento das câmeras, foi impossível rastrear seus passos após esse momento, causando angústia na família. "É como se ele simplesmente tivesse desaparecido no ar", lamentou a prima.
A polícia de Paris solicitou aos amigos de Flávio que entregassem objetos pessoais do fotógrafo, acreditando que eles possam conter material genético útil para as investigações. As buscas por Flávio, que está desaparecido desde o dia 26 de novembro, têm sido intensificadas, com a polícia realizando investigações em necrotérios e hospitais da região.
Flávio, que é morador de Belo Horizonte, chegou à capital francesa no início de novembro e tinha uma passagem de volta para o Brasil marcada para o mesmo dia do desaparecimento. Ele costuma viajar a trabalho para a Europa. Embora tenha feito o check-in para o voo de retorno, Flávio não embarcou. Um amigo próximo dele recebeu uma mensagem de um conhecido francês afirmando que Flávio havia se acidentado e recebido atendimento no Hôpital Européen Georges-Pompidou naquele dia.
Após ser liberado, de acordo com relatos, Flávio tentou estender sua estadia no aluguel por temporada, foi até o local e, em seguida, não foi mais visto. Seus pertences, incluindo o passaporte, foram retirados do imóvel por um francês que estava com ele.
Desesperada, a mãe de Flávio começou a ligar repetidamente para seu celular. Na madrugada do dia 28, um funcionário de um restaurante atendeu a chamada. Ele não falava português, mas transferiu a ligação para um colega brasileiro que explicou que encontraram o telefone em um vaso de plantas pela manhã do dia 27, na entrada do estabelecimento.
A família acionou a embaixada brasileira, pedindo que a Interpol emitisse um alerta para localizar Flávio. Amigos e familiares estão cada vez mais preocupados, pois ele nunca havia ficado tanto tempo sem dar notícias. A esperança é que ele seja encontrado vivo. Flávio é graduado em artes plásticas pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e sócio da empresa de fotografia Toujours Fotografia. A comunidade artística e amigos estão se mobilizando para ajudar nas buscas, com vigílias e campanhas nas redes sociais para aumentar a visibilidade do caso.