Nação

MP Denuncia Policiais Envolvidos na Morte de Estudante de Medicina em SP

2025-01-09

Autor: Julia

O Ministério Público de São Paulo apresentou uma denúncia grave contra policiais militares envolvidos na morte de um estudante de medicina, afirmando que os PMs agiram de forma desproporcional e letal durante uma abordagem. Segundo o documento, "os agentes agiram por motivo torpe, em retaliação ao tapa desferido pela vítima no retrovisor da viatura", que não gerou qualquer dano.

O relato destaca que houve um evidente abuso de autoridade, já que os policiais empregaram força letal contra uma pessoa que estava claramente desarmada e alterada. O texto afirma que as ações dos PMs, que estavam armados e em número superior, dificultaram a defesa da vítima, pois iniciaram um confronto corporal violento.

O advogado de Guilherme, um dos denunciados, defendeu que a liberdade deve ser a regra no processo penal brasileiro e que seu cliente colaborou com a Justiça, não representando risco para as apurações. A defesa do outro policial envolvido, Bruno Carvalho do Prado, não foi localizada para comentar sobre a denúncia.

Recentemente, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva de Guilherme. No relatório final do inquérito, o delegado Gabriel Tadeu Brienza Vieira, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), afirmou que o uso da arma de fogo pelos policiais não era legítimo, uma vez que a vítima não estava armada e não agiu de maneira que representasse risco para os policiais ou terceiros.

O delegado também observou que, durante a abordagem, um dos policiais tentou agredir o estudante, que reagiu segurando o pé do agente, que acabou caindo. O disparo que resultou na morte do estudante ocorreu logo após essa tentativa de agressão. Vieira concluiu que o soldado que disparou a arma "assumiu o risco do resultado morte" ao usar a arma de fogo de maneira ilegítima, levando à recomendação de prisão preventiva, dada a gravidade da conduta.

Este caso levanta questões sérias sobre o uso da força por parte das autoridades e a necessidade de uma revisão nos procedimentos operacionais padrão das forças policiais. A sociedade clama por justiça e por garantias de que tragédias como esta não se repetirão. O MP está atento e espera que as responsabilidades sejam plenamente assumidas.

(Informações de Estadão Conteúdo)