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Netanyahu dá sinal verde para expansão de assentamentos israelenses nas Colinas de Golã

2024-12-15

Autor: Gabriel

Introdução

Soldados israelenses circulam em veículos militares ao longo da linha de cessar-fogo entre Israel e Síria. O governo israelense anunciou no último domingo (15) a aprovação de um novo plano para expandir os assentamentos em uma região estratégica que ocupa há décadas, as Colinas de Golã. A decisão foi justificada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como uma resposta direta à atual instabilidade na Síria e ao interesse de dobrar a população israelense na área. Ele afirmou: "Fortalecer o Golã é fortalecer o Estado de Israel e é especialmente importante neste momento. Continuaremos a manter a região, fazendo-a florescer e estabelecendo-nos nela."

Intensificação da Situação

A situação no Golã se intensificou com a recente mobilização de tropas israelenses em áreas desmilitarizadas, sinalizando uma postura mais agressiva no contexto da crise síria, onde rebeldes extremistas ameaçam a segurança da fronteira. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou ao Exército que se preparasse para uma presença prolongada na região, especialmente nesta temporada de inverno.

Histórico das Colinas de Golã

As Colinas de Golã foram capturadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e, posteriormente, Israel reforçou seu controle na Guerra de 1973. Em 1981, o Estado hebreu anexou parte da região, uma ação que não conta com o reconhecimento da comunidade internacional, exceto de aliados como os Estados Unidos.

Críticas da ONU

A ONU criticou a mobilização das tropas israelenses, considerando-a uma violação do acordo de 1974 que estabeleceu um cessar-fogo entre as duas nações. António Guterres, secretário-geral da ONU, expressou preocupação com a escalada da tensão na região.

Operações em Gaza

Além disso, Israel também intensificou suas operações na Cidade de Gaza, onde as forças armadas atacaram militantes do Hamas, continuando a tensa dinâmica do conflito.

Reação Internacional

Em meio a esse contexto, o primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, expressou sua rejeição à decisão de Israel de fechar sua embaixada em Dublin, chamando-a de "profundamente lamentável" e destacando o compromisso da Irlanda com a paz e os direitos humanos. A situação no Oriente Médio continua a ser volátil, levantando questões sobre a paz e a segurança na região.