Ciência

Nobel de Química 2024: Três Gênios Decifram os Segredos das Proteínas com Inteligência Artificial

2024-10-09

Autor: Fernanda

Em uma conquista que promete revolucionar a biologia molecular, David Baker, Demis Hassabis e John M. Jumper foram laureados com o Prêmio Nobel de Química 2024. Esta é uma vitória não apenas pessoal, mas um marco para a ciência, especialmente na era da inteligência artificial. Com um prêmio total de 11 milhões de coroas suecas, aproximadamente R$ 5,8 milhões, os cientistas foram reconhecidos por suas pesquisas inovadoras que decifraram os mistérios das proteínas – essenciais para a vida como conhecemos.

Baker e Jumper são americanos, enquanto Hassabis, conhecido como um dos fundadores da DeepMind, é britânico. A equipe utilizou a inteligência artificial para mapear quase todas as estruturas de proteínas conhecidas até agora, enquanto Baker fez avanços significativos na criação de novas proteínas.

"Os químicos há muito sonham em entender e dominar completamente as ferramentas químicas da vida – as proteínas. E esse sonho agora está ao nosso alcance", afirmou o comitê do Nobel. As implicações dessas descobertas são enormes, especialmente na medicina e na biotecnologia, onde o entendimento aprofundado das proteínas pode levar a terapias inovadoras e tratamentos de doenças complexas.

Este prêmio ocorre em um contexto em que as pesquisas em inteligência artificial também foram honradas no Prêmio Nobel de Física, reforçando a ideia de que essas tecnologias estão se tornando fundamentais para diversos campos científicos. Há uma expectativa crescente sobre como a inteligência artificial transforma não apenas a química, mas a ciência em geral.

Vale lembrar que, desde a primeira entrega do Nobel em 1901, mais de cem prêmios já foram outorgados na área de Química, embora apenas oito tenham sido concedidos a mulheres. Entre elas, destaca-se Marie Curie, a primeira premiada. A ausência de laureadas em 2024 levanta questões sobre a representatividade no campo científico.

Curiosidades sobre o Nobel de Química incluem que o premiado mais jovem foi Frédéric Joliot, que recebeu a honra aos 35 anos, e o mais velho, John B. Goodenough, que foi reconhecido aos 97 anos. Isso demonstra que a descoberta científica pode ocorrer em qualquer fase da vida de um pesquisador, reforçando a importância da persistência na busca por inovação.

Os próximos dias serão marcados pela entrega dos prêmios de Literatura e Paz, com o encerramento da cerimônia no dia 14 de outubro, quando será anunciado o Nobel de Economia. Com tantas premiações em destaque, a curiosidade sobre como os candidatos são escolhidos e quem será o próximo a ser laureado se intensifica. O Nobel continua a ser um dos maiores reconhecimentos que um cientista pode almejar, mantendo viva a tradição de honrar aqueles que contribuem para o progresso da humanidade.