Uma equipe de brasileiros desenvolveu uma inovadora calculadora online que mede os níveis de depressão, oferecendo um importante recurso para a saúde mental no país. Essa ferramenta compara os resultados dos usuários com dados da população brasileira, utilizando um estudo que estabeleceu normas para o PHQ-9 (um questionário amplamente utilizado para diagnosticar a depressão) com base na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, que contou com mais de 90 mil respostas.

A pontuação da calculadora varia de 0 a 100, com os seguintes níveis de sintomas: de 0 a 50 representa nenhum sintoma; de 50 a 60 indica poucos sintomas; entre 60 e 70 sugere sintomas moderados; já acima de 70, os sintomas são classificados como graves, exigindo atenção clínica.

Vale ressaltar que o resultado da calculadora não é um diagnóstico oficial de depressão. É crucial que os usuários interpretem a pontuação em conjunto com outras informações por um profissional de saúde mental, conforme alertam os criadores da ferramenta.

A calculadora foi desenvolvida por uma equipe do Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM), em colaboração com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Este projeto visa facilitar o acesso a informações sobre saúde mental, tornando-se um recurso valioso para equipes de saúde e o público em geral.

A ferramenta é de uso gratuito e está disponível online. Os usuários podem acessar a calculadora através de um link dedicado; após o teste, é possível enviar os resultados diretamente para um profissional de saúde ou baixar uma cópia do resultado. Importante destacar que, assim que os resultados são computados, todas as informações pessoais do usuário são excluídas automaticamente, garantindo a privacidade.

Os criadores também acreditam que futuras melhorias poderão aumentar a eficácia do recurso, como a capacidade de prever desfechos críticos, incluindo riscos de suicídio e a necessidade de intervenções médicas específicas. Mauricio Scopel Hoffmann, psiquiatra e um dos responsáveis pela pesquisa, enfatiza que essa inovação representa um avanço significativo no monitoramento da saúde mental no Brasil. Juntamente com Hoffmann, contribuíram para este projeto o médico e pesquisador João Villanova do Amaral, juntamente com os membros do CISM André Rafael Simioni, Rodolfo Furlan Damiano e Igor Duarte.

Não deixe de conferir essa ferramenta que pode ajudar você ou alguém que você conhece a entender melhor sua saúde mental!