NOVA PESQUISA REVELA: Solteiros estão mais infelizes e isolados! Descubra por quê!
2025-01-14
Autor: Fernanda
Tom Jobim já dizia, em sua icônica música "Wave", que é "impossível ser feliz sozinho". Um novo estudo parece confirmar essa tese, revelando um retrato preocupante sobre a vida dos solteiros.
Uma pesquisa publicada no periódico Psychological Science analisou mais de 77 mil europeus com mais de 50 anos e chegou a conclusões alarmantes: aqueles que nunca estiveram em relacionamentos longos demonstram níveis mais baixos de extroversão, abertura a novas experiências e satisfação com a vida em comparação aos que possuem ou já tiveram parcerias duradouras. Intrigante, não? Aqueles que nunca experimentaram um relacionamento sério estão menos felizes do que aqueles que já viveram essa experiência.
Rodrigo Tavares Mendonça, psicólogo clínico que atende casais e famílias, não se surpreende com esses dados. "Personalidades mais introvertidas e menos dispostas a buscar novas experiências tendem a permanecer solteiras, e isso pode levar à solidão", observa. Ele também ressalta que pessoas extrovertidas geralmente têm mais facilidade em formar vínculos amorosos.
Dados adicionais reforçam essa conexão entre solidão e saúde mental: estudos anteriores apontam que a solidão é um fator de risco significativo para transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Mendonça destaca que mesmo quando uma pessoa não percebe o sentimento de solidão como uma causa de infelicidade, essa sensação sutil pode corroer a alegria nas pequenas coisas da vida, como assistir um filme ou viajar, se não houver alguém para compartilhar esses momentos.
Importante destacar, no entanto, que ser solteiro não é sinônimo de estar solitário. "É possível viver uma vida plena e feliz, cercado por amigos e familiares", explica o especialista. Apesar disso, ele reconhece que muitos solteiros enfrentam vulnerabilidades emocionais, muitas das quais são amplificadas pelas pressões sociais que valorizam o casamento.
A pressão para se casar é especialmente intensa em mulheres, reforçada por expressões como "ficar para titia", que não possui equivalente masculino. A antropóloga Thais Rocha aponta que essa pressão contribui para a desvalorização feminina caso não sigam os padrões tradicionais de casamento e maternidade.
A sociedade ainda luta para aceitar que muitas pessoas escolhem a solteirice, e isso não significa solidão. Há um aumento significativo no número de idosos solteiros compartilhando moradia, uma estratégia positiva para combater a solidão. "Por que não considerar isso um estilo de vida? Muitas pessoas que escolhem viver sozinhas não se sentem solitárias", menciona Mendonça.
A mensagem é clara: a solteirice pode ser uma escolha válida e satisfatória. À medida que a sociedade avança, é imperativo repensar esses estigmas e entender que a felicidade pode ser encontrada em diferentes arranjos de vida. A questão principal permanece: como cada um de nós pode cultivar felicidade e conexão, independentemente do nosso estado civil?