Ciência

Novo Estudo Revela Mistérios da Energia Escura: O Que Isso Significa para o Futuro do Universo?

2025-03-28

Autor: Julia

Anaheim, Califórnia – Em um evento que abalou a Astronomia, uma equipe internacional de pesquisadores anunciou, no dia 19 de março, a descoberta mais impressionante até agora sobre a natureza da energia escura, aquela força misteriosa que faz o universo se expandir a uma velocidade crescente. As novas medições indicam que a energia escura pode não ser uma força constante como se acreditava, mas sim algo que oscila ao longo do tempo cósmico.

Esse estudo inédito sugere que, contrariamente às teorias estabelecidas, a expansão do universo pode não levar a uma destruição catastrófica em várias escalas, desde aglomerados de galáxias até os núcleos atômicos. Em vez disso, pode haver uma diminuição nessa expansão, criando um universo mais estável, ou até mesmo um retorno à contração, fenômeno que os cientistas denominam de “Grande Colapso.”

Esses resultados impressionantes reforçam um indício já observado em abril do ano passado, apontando que o modelo padrão da cosmologia, a melhor teoria que temos sobre a história e a estrutura do universo, pode estar falhando em algum aspecto fundamental. As medições, realizadas pelo Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI) no Observatório Nacional de Kitt Peak, Arizona, mostram uma discrepância que é mais do que um mero detalhe; elas colocam em xeque os fundamentos do que sabemos sobre a energia escura. Segundo Michael Levi, cosmólogo do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, “Isso nos coloca em conflito com outras medições. Se a energia escura realmente evolui, tudo se encaixa.”

A revelação foi divulgada em uma reunião da Sociedade Americana de Física, acompanhada por artigos científicos que estão atualmente em revisão para publicação na revista “Physical Review D.” Adam Riess, astrofísico da Universidade Johns Hopkins e laureado com o Prêmio Nobel de Física, destacou que essa pode ser a maior pista que temos sobre a natureza da energia escura desde sua descoberta, há 25 anos.

Mas a controvérsia não para por aí. Enquanto um estudo apontava para a inconstância da energia escura, outro, feito pela equipe que operava o Telescópio Cosmológico do Atacama no Chile, forneceu imagens detalhadas do universo primitivo com apenas 380 mil anos. Seu relatório, embora ainda não revisado, sugere que o modelo padrão está funcionando conforme esperado em suas medições do universo primitivo.

A discrepância entre a constante de Hubble, que mede a taxa de expansão do universo, e suas medições mais modernas – uma divergência conhecida como “tensão de Hubble” – permanece. Essa tensão foi reduzida, mas ainda levanta questões. Ao longo do tempo, teorias têm surgido para resolver esse enigma, mas novas evidências parecem descartar algumas delas, fazendo com que os cientistas se perguntem sobre a verdadeira natureza da energia escura, que pode ser mais complexa do que se pensava inicialmente.

Um dos cosmólogos, Michael Turner, conhecido por cunhar o termo “energia escura”, expressou sua frustração com a situação: “Não conseguimos encontrar uma rachadura no espaço cósmico, mas isso também é problemático, pois precisamos de novas ideias.” Ele sugere que, para avançar, os cientistas devem reavaliar os conceitos que têm sobre a gravidade e outros fenômenos do universo.

Os astrônomos frequentemente comparam as galáxias em um universo em expansão a passas em um bolo assando. À medida que o bolo cresce, as passas se afastam; quanto mais distantes estão, mais rápido se separam. Em 1998, ao analisar o brilho de supernovas, os astronomos descobriram que a velocidade da expansão do universo estava aumentando, provocando um choque nas teorias que acreditavam que esse processo estava desacelerando.

Essas novas descobertas, que incluem medições de aproximadamente 15 milhões de galáxias e outros objetos celestes, não apenas ressaltam a complexidade do cosmos, mas também abrem novas possibilidades para a pesquisa cosmológica. Enrique Paillas, pesquisador pós-doutoral, destacou que a aceleração cósmica pode ter começado antes do que se supunha e que seu impacto atual parece ser mais fraco do que o previsto pelas teorias vigentes, elevando essa discrepância a um nível significativo, embora ainda não suficiente para ser considerado uma descoberta formal.

À medida que os estudos e medições avançam, o DESI continuará a coletar dados nos próximos anos, juntamente com outros telescópios e missões que possuem objetivos semelhantes de explorar os mistérios do universo. Isso inclui novas ferramentas como o Telescópio Espacial Roman da NASA, que foi programado para ser lançado em 2027. Cada um deles contribuirá significativamente para entendimentos mais abrangentes e complexos sobre a natureza do cosmos, lembrando-nos que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser descoberto.

Em suma, o que esses novos resultados significam para a cosmologia moderna? A resposta a essa pergunta pode muito bem moldar nossa compreensão do universo nos anos vindouros.