Ciência

O Poder de Compra Está em Jogo! Veja Como Isso Afeta a Economia Brasileira!

2025-01-13

Autor: Matheus

Quando analisamos a aprovação do governo brasileiro, é impossível ignorar a deterioração do poder de compra, um fator crucial na psicologia do eleitor. Afinal, como os brasileiros podem encher o carrinho do supermercado com o que têm na conta bancária? Essa é a maior preocupação para muitos, especialmente entre os cidadãos mais vulneráveis e a classe média. A realidade é que, enquanto militantes e apoiadores do governo analisam dados de inflação e PIB, a população comum sente os efeitos diretos da inflação em sua cesta básica.

Em 2023 e 2024, a inflação média no Brasil ficou abaixo de 5%, mas o aumento no custo da cesta básica superou esses índices, especialmente nos últimos seis anos. Dados do IBGE revelam que em 2024, a inflação dos alimentos atingiu alarmantes 7,69%. Isso é apenas uma parte da história: produtos como café e carnes experimentaram aumentos exorbitantes, com o café subindo quase 40% e diversas carnes acima de 20%.

O impacto emocional e psicológico desses aumentos é decisivo. Apesar disso, pesquisas como a da Atlas Intel mostram que, surpreendentemente, a aprovação do presidente Lula permanece alta, com 48%. Nesse contexto, a comunicação do governo não se limita à propaganda; é essencial ouvir e endereçar os problemas da população com ações concretas.

No ambiente atual, onde não parece viável o tabelamento de preços, o governo poderia adotar medidas mais inovadoras e criativas. Uma sugestão interessante seria exigir que os principais mercados atualizassem regularmente os preços dos produtos em um formato acessível, permitindo que os consumidores facilmente comparassem e encontrassem as melhores ofertas através de aplicativos populares.

Recentemente, um estudo da LCA Consultoria destacou a erosão do poder de compra do salário mínimo desde a pandemia e durante a administração Bolsonaro. Para contextualizar, em janeiro de 2020, o salário mínimo permitia a compra de duas cestas básicas. Com a crise agravada pela pandemia, em abril de 2022, esse poder de compra cai para 1,5 cestas. Embora tenha havido uma recuperação desde então, a inflação dos alimentos voltou a corroer esse poder em 2024, resultando em apenas 1,68 cestas ao final do ano.

Quando consideramos a renda média dos trabalhadores, os números são igualmente preocupantes. O poder de compra caiu drasticamente durante a pandemia, mas houve alguma recuperação gradual. Entretanto, encerramos 2024 com uma maré de declínio, devido à inflação persistente dos alimentos.

A economia nacional permanece sólida em vários aspectos, e os índices de pobreza e geração de empregos ainda mostram alguma resiliência. A classe média e os trabalhadores de baixa renda, por sua vez, são experientes em lidar com a crise de preços e adaptam seus hábitos de consumo para sobreviver e manter um mínimo de bem-estar. No entanto, a insatisfação com a situação é compreensível, e a população utiliza essas queixas como um canal de alerta para que o governo tome providências.

Vale lembrar que, segundo dados recentes do IBGE, a renda média real dos brasileiros está em R$ 3.314 em novembro, apresentando um crescimento de 0,49% em relação ao mês anterior. Para dezembro, projetei que essa renda média teria aumentado mais 0,49%, atingindo R$ 3.330. No entanto, essa melhora na renda não compensa o impacto da inflação nos alimentos, que continua a ser uma dor de cabeça para todos. É crucial que tanto o governo quanto a sociedade estejam atentos a essas questões para promover um futuro econômico mais estável e justo para todos.