Negócios

O Recado (Nem Tão) Sutil do SoftBank para Seus Investidos

2024-12-13

Autor: Lucas

A Crise do Founder que Queima Dinheiro

O cenário competitivo atual é repleto de fundadores que aparentemente não sabem como gerir adequadamente os recursos que recebem. Um exemplo claro são aqueles que, ao invés de investir na construção de uma marca sólida, preferem torrarem o capital do SoftBank em anúncios pagos no Google. Essa abordagem míope não apenas resulta em uma desconexão entre o consumidor e a empresa, mas também sugere que os fundos poderiam render mais se fossem investidos diretamente na gigante das buscas.

Recentemente, Eduardo Vieira, um executivo importante do SoftBank, promoveu uma apresentação em São Paulo, onde analisou os resultados de um estudo feito pela agência Suno. O encontro aconteceu na AYA Hub, localizada na famosa Cidade Matarazzo, e despertou a atenção de investidores. Se você é sócio do SoftBank e não esteve lá, é bom correr atrás de informações sobre os resultados deste estudo.

Investimentos Bilionários no Brasil

O SoftBank, um dos maiores conglomerados financeiros do Japão, possui um portfólio impressionante com mais de US$ 8 bilhões investidos em empresas de tecnologia na América Latina. Entre essas empresas estão nomes reconhecidos como Nubank, Rappi, e Mercado Bitcoin, destacando a magnitude dos investimentos que estão em jogo. Essa realidade deixa claro que o SoftBank exige mais responsabilidade na gestão dos fundos por parte de suas investidas.

O Impacto do Estudo da Suno

Durante seis meses, a Suno analisou 400 peças publicitárias de 29 marcas brasileiras, e as conclusões foram surpreendentes. Independentemente do foco da peça — seja para venda direta ou para gerar conexão emocional —, as marcas que não cuidam da sua imagem correm o risco de serem mal lembradas. Um exemplo seria uma postagem genérica: o consumidor tende a lembrar da marca de forma negativa se a única intenção for a venda imediata.

Infelizmente, muitas empresas ainda insistem em dividir suas equipes entre growth e marketing, o que pode resultar em uma falta de sinergia que compromete a imagem global da marca.

O Bafafá da Semana: A Grande Fusão

Em uma jogada que agitou o mercado, a Omnicom anunciou a compra da Interpublic Group (IPG) por impressionantes US$ 13 bilhões. Essa fusão não apenas transforma a Omnicom no maior grupo publicitário do mundo, superando outras grandes como WPP e Publicis, mas também levanta questões sobre o futuro de várias agências que podem passar por reestruturações e cortes de pessoal. Analistas já preveem um tsunami de mudanças no segundo semestre de 2025.

O Novo Quartel-General do Marketing?

Depois de uma fusão desse porte, todos estão se perguntando: onde será a nova sede do maior grupo publicitário do mundo? A Publicis já transferiu suas agências para o Brooklin, enquanto a WPP planeja fazer o mesmo no ano que vem para a Vila Leopoldina. Essa movimentação deve influenciar a dinâmica do setor e motivar a criação de novas agências brasileiras de médio porte que possam se destacar no mercado.

A Coreia do Sul e o K-Pop Entram no Mercado Brasileiro

A cultura K-Pop está dominando o Brasil, mas as grandes empresas coreanas como a LG ainda não aproveitaram a onda. Anna Karina Silva Pinto, nova chefe de marketing da LG no Brasil, revelou que a empresa planeja explorar melhor essa conexão, trazendo produtos a preços populares e alinhando-se com a energia vibrante do K-Pop.

Oportunidades de Trabalho no Horizonte

Para aqueles em busca de uma posição de CMO em 2025, as portas do McDonald's e do Santander estão abertas. Ambas as empresas estão em busca de novos talentos após recentes mudanças em suas lideranças, refletindo a alta rotatividade que caracteriza este nível de cargo no mercado. Segundo estudos, um CMO permanece em média apenas três anos na posição.

Lobbying das Big Techs

As grandes techs estão mobilizando esforços de lobby para se esquivar de responsabilidades relacionadas ao conteúdo que distribuem. O IAB, conhecido por sua relação com gigantes como Google e Meta, destacou que uma decisão do Supremo Tribunal sobre o artigo 19 do Marco Civil pode impactar diretamente o modelo publicitário atual, levando a reconfigurações que podem afetar todos os envolvidos no setor.

Em suma, o panorama do mercado publicitário e tecnológico está passando por profundas transformações. As marcas e seus líderes precisam estar atentos às tendências, às expectativas e, especialmente, à responsabilidade que vem com investimentos vultosos.