Em uma reviravolta que deixou muitos perplexos, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, não se manifestou sobre a morte do prefeito Fuad Noman, seu secretário de Fazenda durante o primeiro mandato e vice no segundo. A ausência de uma nota de pesar nas redes sociais e a falta de comparecimento ao velório na sede da prefeitura levantaram questões sobre o que poderia ter causado esse distanciamento.

Conforme apurado, a assessoria de Kalil não respondeu às solicitações da imprensa e informou a alguns veículos que o ex-prefeito não pretendia fazer comentários ou comparecer ao velório, um ato que muitos consideraram uma falta de respeito para com um ex-companheiro de governo.

Em contrapartida, personalidades do meio político, tanto local quanto nacional, prestaram homenagens a Fuad Noman. O presidente Lula, que está cumprindo uma agenda no exterior, descreveu Fuad como um "querido prefeito" e lamentou profundamente sua partida, enviando até mesmo uma coroa de flores ao velório.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, apesar de suas divergências políticas, expressou sua tristeza e destacou a importância do diálogo e do respeito na vida pública de Fuad. Zema compareceu ao velório, onde não conseguiu conter a emoção ao se despedir do ex-prefeito.

Todos os principais candidatos ao cargo de prefeito nas eleições de 2024 também se manifestaram, mostrando que Fuad deixou um legado respeitado na política mineira. Entre eles, a deputada federal Duda Salabert, o deputado estadual Bruno Engler, e o senador Carlos Viana, que foram ao velório e prestaram condolências aos familiares.

Bruno Engler, um rival político de Fuad, expressou seu pesar em suas redes sociais, ressaltando a cordialidade do ex-prefeito mesmo nos momentos de tensão durante a campanha. Em um gesto que surpreendeu muitos, o presidente da Câmara Municipal, Juliano Lopes, também compareceu ao velório e lembrou Fuad como um "homem humano e solidário".

O ex-presidente do legislativo, Gabriel Azevedo, recordou os embates que teve com Fuad, mas também revelou que eles se reconciliaram antes da morte do prefeito, reconhecendo a importância do diálogo na política.

Em relação à mudança na dinâmica entre Kalil e Fuad, é digno de nota que Kalil tomou a decisão de não apoiar a reeleição de Fuad nas eleições de 2024, distanciando-se do PSD para se filiar ao Republicanos. Esse rompimento gerou especulações sobre desavenças pessoais e políticas. O que poderia ter causado esse afastamento repentino entre dois homens que uma vez trabalharam em harmonia em prol da cidade? Fatos recentes sugerem uma rivalidade crescente e intrigas políticas que podem ter influenciado esse silêncio surpreendente de Kalil frente à morte de um antigo aliado.