A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o medicamento Ozempic, que tem ganhado destaque no tratamento da obesidade, pode ser uma ferramenta útil, mas não pode enfrentar o problema isoladamente. Os especialistas ressaltam que é fundamental que médicos, governos, a indústria farmacêutica e a sociedade reconheçam a obesidade como uma doença crônica que exige mais pesquisa e uma abordagem multifacetada para preveni-la e tratá-la.

Em um recente estudo alarmante, foi revelado que mais de um bilhão de pessoas no mundo inteiro estão enfrentando problemas de obesidade, resultando em cerca de 5 milhões de mortes relacionadas à doença em 2019. Essa condição vem se tornando cada vez mais comum, afetando pessoas de todas as idades e classes sociais, o que acende um sinal vermelho para os sistemas de saúde de diversos países.

Os autores do estudo afirmam: "É hora de reconhecer que dietas e exercícios físicos, por si só, não têm sido capazes de tratar de maneira eficaz a obesidade". Embora haja evidências que mostram a importância de políticas de promoção de hábitos saudáveis, a verdade é que essas medidas não são suficientes. A combinação de intervenções comportamentais com medicamentos inovadores, como o Ozempic, pode ser a resposta que muitos esperam.

Além disso, o artigo pede uma mudança de paradigma no tratamento da obesidade, sugerindo que os modelos que somente buscam aliviar os casos graves devem ser substituídos por abordagens que integrem ações de saúde pública e cuidados preventivos desde o início.

Outra questão crucial levantada pelos autores é a acessibilidade dessas medicações. É imperativo que tratamentos eficazes estejam disponíveis de forma equitativa e a preços acessíveis, especialmente em países de baixa renda. Para que a luta contra a obesidade seja efetiva, a distribuição de medicamentos deve ser amplificada, atendendo tanto às populações mais vulneráveis quanto às mais abastadas.

Com um panorama tão crítico, a OMS destaca que a colaboração entre diferentes setores é a chave para virar o jogo na batalha contra a obesidade e salvar milhões de vidas. A questão que fica é: até que ponto estamos dispostos a ir para enfrentar esta pandemia moderna?