Uma grande operação realizada na manhã desta quinta-feira (27) pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e pela Polícia Civil (PCCE) resultou na prisão de suspeitos envolvidos em uma série de ataques a provedores de internet na região do Sertão Central. Foram cumpridos 11 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão na cidade de Caridade, interior do Ceará. Até o início da manhã, sete pessoas já haviam sido capturadas, com o apoio da Promotoria de Justiça de Canindé e da Polícia Militar.

A ação, batizada de Operação Dynamus, tem como objetivo desarticular um grupo suspeito de extorsão, ameaças e vandalismo em relação a equipamentos de telecomunicações de empresas que atuam nas cidades de Caridade e Paramoti, além de áreas vizinhas. Esse grupo criminoso está ligado ao Comando Vermelho (CV), uma facção familiar com práticas de criminalidade organizada em diversas regiões do Brasil.

A investigação teve início após a polícia receber um relatório da Polícia Militar, relatando que a facção vinha exigindo das empresas um pagamento mensal de R$ 20 por cliente, sob a ameaça de represálias. Diante da negativa dos empresários, ataques de vandalismo ocorreram, incluindo a destruição de caixas de transmissão, antenas e redes de fibra ótica.

Os crimes, muitas vezes, foram cometidos durante a madrugada, quando a circulação de pessoas é mínima e as chances de uma intervenção policial são reduzidas. A atuação coordenada pelos agentes resultou na identificação dos principais suspeitos com base em informações reunidas ao longo de intensas diligências.

É importante ressaltar que essa operação não é um caso isolado. Recentemente, grupos criminosos têm aumentado suas ameaças a pequenos e médios negócios, não só no Ceará, mas em todo o Brasil. A situação gera preocupações sobre a segurança e a operabilidade das empresas, afetando serviços essenciais, como o acesso à internet.

O Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte (DPJI Norte) e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPCE estão à frente desse caso, que promete desmantelar redes de extorsão e restaurar a segurança em empresas do setor de telecomunicações. Novas atualizações sobre esta operação seguem previstas ao longo do dia pela PCCE.