Nação

Operação Latus Actio II: PF Apreende Joias de Funkeiros Envolvidos em Jogos Ilegais

2024-12-12

Autor: Lucas

Em uma operação surpresa que abalou o cenário do funk brasileiro, a Polícia Federal (PF) apreendeu uma quantidade significativa de joias na residência de diversos cantores do gênero durante a Operação Latus Actio II. Esta ação foi realizada na manhã desta quinta-feira (12/12) e contou com a participação da Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado (Ficco), juntamente com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O principal objetivo da operação é combater crimes de corrupção ativa e passiva, além da contravenção penal relacionada à exploração de jogos de azar, que se tornaram uma preocupação crescente nas grandes cidades brasileiras.

Durante a operação, foi cumprido um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão em diversas cidades do estado de São Paulo, incluindo a capital, Mauá, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos.

Dados coletados após a primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, revelaram que alguns policiais civis de São Paulo estariam envolvidos em práticas corruptas, solicitando propinas a produtores, empresários e artistas do funk para não investigá-los sobre a exploração de jogos ilícitos. A situação levantou preocupações sobre rifas promovidas por artistas e influenciadores em suas redes sociais, que são consideradas ilegais segundo a Coordenação Geral de Fiscalização Comercial do Ministério da Fazenda.

Nesse contexto, muitos dos artistas e influenciadores envolvidos temiam que as investigações levassem a ordens judiciais que poderiam bloquear suas contas e perfis nas redes sociais, especialmente no Instagram, impactando não apenas sua presença online, mas também suas carreiras. Para evitar essa situação, há relatos de que alguns concordaram em pagar as propinas, priorizando a proteção de suas imagens e interesses financeiros.

Além disso, a PF revelou que mais operações de combate a jogos ilegais estão programadas, prometendo intensificar a fiscalização sobre atividades que utilizam redes sociais para promoção de jogos e rifas clandestinas. É um alerta para todos os envolvidos no entretenimento: o crime pode não compesar, e a liberdade pode estar em jogo.