A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) tomou a dianteira na coordenação da ajuda militar à Ucrânia, substituindo os Estados Unidos neste papel crucial, de acordo com a Reuters. Esta mudança estratégica se deu em resposta às preocupações sobre uma possível diminuição do suporte americano sob a administração do futuro presidente Donald Trump (Partido Republicano), que tomará posse em 20 de janeiro.

Trump sempre foi um crítico do volume de assistência enviada para a Ucrânia, levando os aliados da OTAN a temer que sua administração possa comprometer a capacidade do Exército ucraniano. Os EUA têm sido um dos principais financiadores de Kiev desde que a guerra com a Rússia começou, em fevereiro de 2022, fornecendo bilhões em apoio financeiro e militar.

Com essa nova abordagem, a OTAN intensificará sua atuação diretamente no conflito, e essa maior participação pode mesmo ser uma resposta a qualquer eventual ação de Trump que busque aparar as arestas do apoio aos ucranianos. Ainda assim, mesmo com essa inovação, anúncios de cortes de auxílio por parte da administração republicana ainda podem impactar negativamente as operações de combate na Ucrânia.

Enquanto isso, a administração de Joe Biden (Partido Democrata) busca aumentar o envio de ajuda à Ucrânia antes da transição de poder. Uma das ações recentes foi a confirmação de um pacote de ajuda de US$ 20 bilhões provenientes dos países do G7, destinado a fortalecer a Ucrânia na luta contra a agressão russa.

No entanto, uma questão crucial permanece: a Ucrânia não poderá utilizar esses fundos provenientes da administração democrata com fins militares diretos. Isso levanta preocupações sobre como o país irá administrar seus recursos financeiros em um momento tão crítico. Com os olhares do mundo voltados para a situação, a pergunta que todos fazem é: o que vem a seguir neste conflito que já dura mais de um ano?