
Parque Natural de Nilópolis: Um Socorro para o Ar da Cidade! Estudo Revela Impactos Positivos Surpreendentes
2025-03-10
Autor: Mariana
Um recente estudo das universidades UVA e UFRJ revelou que o Parque Natural Municipal de Gericinó, em Nilópolis, pode reduzir em mais de duas vezes a concentração de poluentes no ar! O levantamento efetuou medições da quantidade de hidrocarbonetos (HCs) precursores do ozônio em dois locais: uma trilha a 260 metros da entrada do parque e na Praça Manoel Reis, localizada a cerca de um quilômetro da entrada do parque, em uma área urbanizada.
Os resultados são alarmantes – o ozônio, que junto com material particulado fino, é o principal responsável pela poluição atmosférica, afeta diretamente a saúde humana. Cleyton Martins, professor do Mestrado em Ciências do Meio Ambiente da UVA e um dos pesquisadores do estudo, explica: "Observamos que mesmo em áreas verdes menores dentro das cidades, há uma clara diminuição na concentração de poluentes. Isso mostra o papel estratégico das unidades de conservação em oferecer serviços ecossistêmicos essenciais, como a melhoria da qualidade do ar, regulação climática e locais para lazer".
O estudo aponta que os níveis totais de HCs foram de 1,7 a 2,1 vezes maiores na área urbana em comparação com o parque. Durante as medições, as concentrações médias de HCs na zona urbana foram de 276 e 123 µg/m³ (microgramas por metro cúbico) nas horas da manhã e da tarde, respectivamente. Em contrapartida, no interior do parque, os valores medianos foram de 202 e 72 µg/m³ nos mesmos períodos. As coletas de dados foram realizadas em épocas secas, quando a qualidade do ar é particularmente baixa na Região Metropolitana do Rio.
Localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) do Gericinó-Mendanha, o Parque Natural Municipal de Gericinó cobre uma área de 0,8 km² e conta com uma diversidade de arbustos e plantas herbáceas, além de aglomerados de árvores perenes. O parque também oferece pista para corrida e ciclismo, espaços para piquenique e várias atividades educativas e culturais. É importante ressaltar que o tráfego rodoviário é proibido dentro do parque, garantindo um espaço livre de poluição sonora e atmosférica.
Graciela Arbilla, professora da UFRJ e coautora do estudo, complementa: "As áreas verdes urbanas são indispensáveis para a qualidade de vida e sustentabilidade das cidades. Enquanto grandes reservas, como a Floresta da Tijuca, oferecem benefícios em escala regional, os parques urbanos menores têm um papel vital em garantir uma distribuição equitativa dos serviços ecossistêmicos em toda a malha urbana. Não negligencie a importância desses oásis verdes!"