Ciência

Pesquisa Mostra: Meninas Adolescentes Sofrem Mais com TikTok e Instagram do que Meninos; Entenda o Porquê!

2025-04-03

Autor: Pedro

Uma nova pesquisa revela que meninas adolescentes têm uma percepção mais crítica e negativa em relação ao impacto das redes sociais, como TikTok e Instagram, em sua saúde psicológica em comparação aos meninos.

Essa diferença se torna evidente em um estudo que analisou 1.043 adolescentes espanhóis, onde 50,5% eram meninas e 49,5% meninos. Os resultados mostraram que 70,7% dos entrevistados utilizam o TikTok, enquanto 63,8% são usuários do Instagram.

A autora do estudo, Mireia Montaña, da UOC, destaca que as adolescentes estão mais expostas a pressões relacionadas à aparência e à aprovação externa, o que pode explicar sua visão mais pessimista sobre o efeito das mídias sociais em seu bem-estar.

A pesquisa não apenas acredita na experiência negativa das meninas, mas também traz à tona preocupações sobre a educação emocional. As meninas registraram uma pontuação de 2,99 para bem-estar psicológico, enquanto os meninos obtiveram 3,13. Isso aponta para uma necessidade urgente de implementar programas que fortaleçam a autoestima e a resiliência emocional das jovens.

Os itens avaliados na pesquisa incluíram aspectos como pertencimento social e expressão pessoal, onde as meninas demonstraram fragilidade. Enquanto isso, fatores como organização coletiva e a capacidade de argumentação foram bem avaliados de maneira geral, com pontuações acima de 3,5.

No entanto, a comunicação com adultos próximos e o bem-estar psicológico emergiram como os aspectos mais críticos a serem trabalhados.

Embora os jovens em geral percebam um impacto neutro das redes sociais em suas vidas, sentindo que os aspectos negativos são compensados por benefícios, a pesquisa indica que é essencial que meninos e meninas desenvolvam uma visão crítica sobre o conteúdo consumido.

Com relação ao TikTok, um dos fatores mais valorizados é a expressão pessoal, o que sugere uma interação complexa entre o algoritmo e o bem-estar jovem.

Além disso, o estudo advoga que o conteúdo que o algoritmo do TikTok disponibiliza para meninas — tipicamente voltado para moda e beleza — impacta significativamente a autoimagem e a autoestima, reforçando estereótipos e expectativas sociais prejudiciais.

Por outro lado, o conteúdo sugerido para meninos gira em torno de esportes e jogos, frequentemente associando a masculinidade a comportamentos agressivos e à ideia de macho dominante.

Os pesquisadores ressaltam que, mesmo com a compreensão dos efeitos das redes sociais, existe uma lacuna na capacidade crítica dos jovens em relação à ditadura algorítmica que rege essas plataformas.

A pesquisa conclui que é necessário desenvolver ferramentas que ajudem adolescentes a compreenderem melhor as consequências de suas interações nas redes sociais.

Este tema é mais relevante do que nunca, pois a influência das mídias digitais na juventude continua a crescer. Fica o alerta: é preciso educar os jovens para que eles possam não apenas consumir conteúdos, mas também analisá-los criticamente.