
PF Investiga Funcionários do Santander e Itaú em Caso de Fraude Bilionária na Americanas
2025-04-01
Autor: Matheus
A Policia Federal (PF) deu início a uma investigação que pode revolucionar o cenário financeiro brasileiro: funcionários de grandes bancos, incluindo Santander e Itaú, estão sob suspeita de participação em um esquema que causou um rombo superior a R$ 20 bilhões na Americanas.
Um dos principais alvos da investigação é Fábio Abrate, ex-diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, que já aceitou um acordo de delação premiada. Abrate revelou detalhes alarmantes sobre a atuação de funcionários de grandes bancos, que teriam colaborado para ocultar dívidas significativas do balanço da empresa. Isso ocorreu em um contexto onde o 'risco sacado', operação comum em empresas de varejo para gerenciar fluxo de caixa, foi mal aplicado.
De acordo com o delator, a integração entre os bancos e os diretores da Americanas foi crucial para que a manipulação contábil passasse despercebida. Se não fosse a conivência de certos funcionários, a verdadeira situação financeira da Americanas teria sido revelada bem antes de seu colapso.
A PF já identificou conversas em grupos que implicam diretamente a atuação de Abrate com funcionários do Itaú e do Santander, demonstrando uma rede complexa de compromissos entre ex-diretores da Americanas e os bancos. A Polícia destacou que a "audácia do grupo criminoso" foi tamanha que eles conseguiram cooptar pessoas dos dois bancos para que alterassem documentos essenciais à auditoria.
Em uma análise profunda, a PF reforçou que os documentos originais de circularização revelam claramente as operações fraudulentas ligadas às dívidas da Americanas. No entanto, as informações não progrediram para as auditorias, mantendo a fraude encoberta por um longo período.
Enquanto isso, o Santander e o Itaú saíram em defesa de suas condutas: o Santander alegou não ter ingerência sobre as demonstrações financeiras da Americanas, enfatizando que a própria companhia havia reconhecido a fraude. O Itaú, por sua vez, proclamou que sempre forneceu informações corretas às auditorias e negou qualquer participação direta ou indireta na fraude contábil, afirmando que as operações de risco sacado foram interrompidas devido aos problemas enfrentados pela Americanas.
Ambos os bancos insistem que as responsabilidades sobre as falhas contábeis recaem unicamente sobre a administração da Americanas, que não soube gerenciar adequadamente a situação financeira, levando à desconfiança generalizada.
A investigação da PF busca não apenas esclarecer a extensão das fraudes, mas também garantir que o sistema financeiro brasileiro não se torne um terreno fértil para novas irregularidades. As revelações sobre a participação de funcionários de bancos em fraudes caseiras estão fazendo ecoar alarmes, e a sociedade espera uma resposta clara das instituições financeiras e um ajuste de contas rigoroso para que casos como este não voltem a ocorrer.