Ciência

Picobirnavírus: O Novo Vilão nas Apostas Científicas para Futuras Pandemias

2024-12-03

Autor: Carolina

"Pico, picobirna... quem?!" Estranho, não? Mas isso foi tudo que consegui pensar ao ouvir o cientista americano Gavin A. Cloherty mencionar o picobirnavírus durante sua visita ao Brasil. Cloherty, líder em doenças infecciosas na Abbott, uma renomada empresa de saúde, apresentou esse pequeno vírus, identificado pela primeira vez no Brasil em 1988 em fezes de ratos e humanos. Ele já é conhecido por causar gastroenterites, ou seja, problemas intestinais, mas recentemente se tornou uma preocupação maior devido a sua capacidade de sofrer mutações e potencialmente causar síndromes respiratórias agudas.

Nos últimos anos, o picobirnavírus foi detectado em casos com sintomas respiratórios na Colômbia e também em amostras de pacientes dos Estados Unidos e China. Essa mudança de comportamento do vírus está mantendo os cientistas em alerta, pois eles sabem que a possibilidade de uma nova pandemia é real. Mary Rodgers, uma destacada biomédica da Abbott Pandemic Defense Coalition, sinaliza que é crucial detectar este vírus rapidamente antes que uma nova onda de casos aconteça.

Mas a grande pergunta que todos fazem é: quando será a próxima pandemia? Afinal, as lições da COVID-19 ainda estão frescas em nossas memórias. Em uma pesquisa realizada com mais de 100 especialistas, três em cada quatro acreditam que uma nova pandemia poderá surgir dentro de cinco a 25 anos. A maioria dos cientistas concorda que é mais provável que a próxima pandemia será causada por um vírus, e muitos indicam que isso pode ser um coronavírus ou um outro vírus respiratório.

Vale destacar que a mudança climática e suas consequências devem ser levadas em consideração. Os especialistas constatam que os padrões de doenças infecciosas estão se alterando e, com o aumento da temperatura, algumas doenças transmitidas por mosquitos estão se alastrando para regiões antes não afetadas. Dessa forma, o risco de um vírus, como o da dengue, provocar uma nova pandemia precisa ser tratado com seriedade.

Uma pesquisa recente mostra que 70% dos especialistas não descartam a possibilidade de que uma nova pandemia seja transmitida por água ou alimentos contaminados. Enchentes e desastres naturais, como furacões e queimadas, podem acelerar este processo, levando patógenos a novas áreas.

E quanto à boa notícia? 90% dos especialistas acreditam que estamos mais preparados para enfrentar uma nova pandemia, mas ainda há um longo caminho a percorrer. É fundamental investir em tecnologias para compreender como as mudanças climáticas estão impactando as doenças, além de educar o público sobre esses agentes infecciosos. A desinformação continua sendo uma grande ameaça e, caso continue a se espalhar, pode dificultar a identificação e o combate aos vírus, como o picobirnavírus.

Prepare-se! O futuro em relação à saúde global depende do que fazemos hoje!