O presidente do Vasco, Pedrinho, reiterou na última segunda-feira a sua intenção de realizar a partida contra o Flamengo, marcada para o dia 19 pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio de São Januário. Em conversa com torcedores, ele se mostrou disposto a aceitar a presença de torcida única, caso essa seja a condição imposta. No entanto, já se espera que a Polícia Militar do Rio de Janeiro rejeite essa proposta.

"Estamos preparando a documentação necessária para que o jogo ocorra em São Januário. Falei com alguns torcedores hoje, e se for para ser com torcida única, que assim seja. O fato é que em São Januário a divisão entre as torcidas é extremamente desigual, sendo 90% a favor do Vasco e apenas 5% para os visitantes, os outros 5% ficam para a segurança. Se a CBF, o Ministério Público e o BEPE decidirem pela torcida única, assim será", afirmou o ex-jogador em uma entrevista no 'Podcast Cruzmaltino'.

O Tenente-Coronel Eduardo Monteiro, comandante do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE), comentou que a torcida mista é, de fato, um avanço para o futebol do Rio de Janeiro, mas a decisão sobre o clássico será oficializada em breve. Caso a polícia aceite ocorrer o clássico em São Januário, há a expectativa de que os torcedores do Flamengo tenham acesso ao setor destinado aos visitantes, já que, na vitória do Vasco sobre o Santos por 2 a 1, no último domingo, cerca de mil torcedores santistas estavam presentes nesse espaço.

Vale lembrar que a tradição de dividir o Maracanã entre as torcidas ainda se mantém em clássicos entre Flamengo e Vasco, além de Flamengo e Fluminense. No entanto, a discussão sobre o mando de campo e a divisão do espaço é uma constante, especialmente entre os vascaínos e tricolores. Por outro lado, o Botafogo adota uma abordagem diferente nos seus jogos, permitindo que seus torcedores estejam presentes, porém limitando a presença de adversários em seus jogos no Estádio Nilton Santos, conhecido como Engenhão.

Por último, a questão da torcida única é polêmica e traz um debate acalorado entre as equipes e as autoridades. Com a segurança em primeiro lugar, resta saber se essa estratégia realmente trará paz ou se criará novos conflitos nas arquibancadas. Uma coisa é certa: o futebol carioca precisa de soluções que beneficie a todos.