A Polícia Civil de São Paulo realizou a segunda fase da Operação Big Mobile, que resultou na apreensão de mais de 8 mil celulares e na prisão de 32 suspeitos. Essa operação é fruto de um intenso trabalho investigativo que começou há três meses, focando em comércios suspeitos de recepção de produtos roubados.

Para identificar os aparelhos, os investigadores utilizaram registros de boletins de ocorrência feitos pelas vítimas, dados de localização em tempo real dos dispositivos e o IMEI, um número exclusivo que identifica cada celular. Essa abordagem colaborativa foi essencial para o sucesso da operação. O delegado responsável afirmou: “As vítimas que registraram boletins de ocorrência e têm informação sobre a localização dos seus aparelhos devem nos comunicar imediatamente. Essa parceria foi fundamental para que conseguíssemos deflagrar a ação.”

Além da recuperação dos celulares, a polícia investiga se esses dispositivos estão ligados a outras ações criminosas. “Vamos aprofundar a análise das organizações criminosas para entender se esses celulares participaram de outros delitos. Essa é a chave para combater o problema na raiz”, acrescentou o agente.

As estatísticas relacionadas ao crime de roubo e furto de celulares em São Paulo são alarmantes. Embora a secretaria não separe dados específicos, ela revelou que mais de 39 mil celulares foram recuperados este ano. Entre janeiro e novembro, a Grande São Paulo registrou a assombrosa cifra de 324 mil ocorrências de roubos e furtos.

Nos próximos dias, o processo de identificação das vítimas e a devolução dos aparelhos será realizado pela Polícia Civil. Para aqueles que foram vítimas de roubo ou furto e já registraram boletim de ocorrência, é fundamental aguardar o contato das autoridades. Se alguém não tiver feito o BO, ainda é possível registrar a ocorrência por meio da delegacia eletrônica. Essa operação não apenas reafirma o compromisso da polícia de São Paulo com a segurança pública, mas também acende a discussão sobre a necessidade de medidas mais eficazes para combater o crime organizado e proteger os cidadãos.