Na manhã deste domingo (17 de novembro), a Polícia Civil prendeu um homem suspeito de lançar um explosivo na Arena MRV, que feriu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos. A prisão ocorreu uma semana após o incidente, que aconteceu durante a final da Copa do Brasil entre o Atlético e o Flamengo.

O anúncio da prisão foi feito pelo governador em exercício, Mateus Simões, que destacou em suas redes sociais: "Importante: acabamos de prender o responsável por jogar a bomba que atingiu Nuremberg, fotógrafo que estava trabalhando na final da Copa do Brasil. Parabéns à equipe de investigação da nossa Polícia Civil pelo trabalho sério e ágil. Aqui em Minas, a violência não fica sem resposta".

Detalhes relacionados à prisão do suspeito serão divulgados pelas forças de segurança nesta segunda-feira (18 de novembro). O fotógrafo recebeu alta do hospital na última quinta-feira (14 de novembro) após ser atingido no pé e sofrer fraturas e rompimento de tendões. Inicialmente, ele enfrentou a possibilidade de cirurgia, mas optou por um tratamento conservador.

Investigação em Andamento

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para investigar o caso e identificar outros responsáveis pela explosão. O Atlético Mineiro, por sua vez, revelou ter identificado 21 pessoas envolvidas nos tumultos da final e está rastreando mais nove indivíduos. O clube informou que tomará medidas punitivas contra os envolvidos, seguindo os regulamentos da Arena MRV e do programa de sócios torcedores.

Além disso, em resposta aos incidentes, o Atlético foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), obrigando o clube a realizar suas próximas partidas sem a presença de torcedores na Arena MRV. O próximo confronto do Galo em Belo Horizonte será contra o Botafogo, pela Série A do Campeonato Brasileiro, no dia 23 de novembro.

Enquanto isso, o clima entre os torcedores tem gerado preocupação. A segurança nos estádios está sob escrutínio e muitos demandam ações mais rigorosas para prevenir que esse tipo de violência se repita. O incidente não apenas lançou uma sombra sobre a final da Copa do Brasil, mas também levantou questões sobre a cultura da violência nas arquibancadas, o que exige um comprometimento sério de todos os envolvidos, incluindo clubes e autoridades.