Policiais Brasileiros Superam Letalidade de Policiais de 15 Países do G20 Juntos!
2024-12-18
Autor: Lucas
Uma pesquisa chocante revela que os policiais brasileiros matam mais do que os agentes de segurança de 15 países do G20 somados, exceto a Arábia Saudita, China e Rússia, que não foram incluídos no levantamento devido à falta de dados confiáveis. O G20, fundado em 1999, integra as maiores economias do mundo, com o Brasil ocupando a décima posição.
Ao analisar as populações, a situação se torna ainda mais alarmante: o Brasil representa apenas 7% da população total dos outros 15 países mencionados. Proporcionalmente, os policiais brasileiros matam 36 vezes mais do que a média dos agentes das demais nações. A taxa aqui é 7,5 vezes superior à da África do Sul, que possui a segunda maior taxa de letalidade policial entre os países estudados.
Segundo o sociólogo Daniel Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense, a combinação de órgãos de controle ineficazes, junto com discursos políticos que incentivam a letalidade, agrava esta realidade no Brasil. "As corregedorias frequentemente funcionam com 'coleguismo', enquanto mais de 90% dos casos de mortes provocadas por policiais são arquivados a pedido do Ministério Público", explica Hirata, apontando para dados que revelam uma clara impunidade.
A letalidade policial no Brasil se destaca mesmo diante da elevada taxa de homicídios. Em 2022, o Brasil registrou um total de 39.492 homicídios, e os dados mostram que a cada seis homicídios registrados, um é resultado da ação policial. Em comparação, o Canadá apresenta uma morte policial por cada sete homicídios, enquanto os EUA têm uma morte por policial a cada 16 homicídios.
Em 2023, chocantes 82,7% das vítimas da violência policial no Brasil eram negros, tornando este grupo o mais afetado. A Bahia é a campeã em mortes pela polícia, superando até mesmo o número de homicídios registrados nos Estados Unidos. Em 2023, o estado registrou 1.699 mortos, enquanto os EUA tiveram 1.164.
A desproporcionalidade da violência policial no Brasil revela um grave problema social que vai além das estatísticas. Há uma clara falta de políticas efetivas de controle e responsabilização dos agentes de segurança, e a história do país, marcada por uma herança escravocrata e repressão política, contribui alarmantemente para a normalização da violência policial.
Os apelos por reformas no sistema de segurança e pela definição de normas claras sobre o uso da força são urgentes. Uma mudança cultural nas práticas policiais é imprescindível para que se caminhe em direção a uma solução duradoura.
Ainda assim, a sociedade civil e movimentos sociais pressionam por justiça e mudanças, destacando a importância do combate ao racismo estrutural e às violações dos direitos humanos. As vozes dos que sofrem com a violência estatal estão se unindo, mostrando que o Brasil precisa urgentemente enfrentar este grave desafio e colocar um fim à impunidade que permeia as ações policiais.