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Preços dos Alimentos Disparam: Limão Vive Alta Histórica e Outros Produtos Também Sofrem com a Seca!

2024-10-09

Autor: Gabriel

Os preços dos alimentos no Brasil estão em alta e setembro trouxe surpresas alarmantes para os consumidores. O preço do limão disparou impressionantes 30,4% em comparação a agosto, enquanto a laranja-pera também subiu 10%. Esses aumentos vertiginosos estão diretamente relacionados à pior seca que o país enfrentou nas últimas décadas.

Além dos cítricos, o café moído continua sua escalada e registrou um aumento de 4% no último mês, atingindo um preço médio histórico. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que essa situação é crítica para o bolso do brasileiro, principalmente para aqueles que já lutam com a pressão da inflação.

De acordo com Denise Ferreira Cordovil, especialista em inflação de alimentos do IBGE, o impacto significativo da seca e das altas temperaturas afetou a produção agrícola e a qualidade dos produtos. A oferta de limão caiu drasticamente no início de setembro, o que levou também a cancelamentos de exportações, visto que a qualidade da fruta não atendia aos padrões do mercado internacional.

Mas não para por aí! As carnes, que já enfrentavam aumento desde a metade do ano, viram seus preços subirem em média 2,97%, a maior alta desde dezembro de 2020. Andrê Almeida, do IBGE, comentou que as questões climáticas, como a falta de chuvas e a estiagem, estão prejudicando as pastagens, o que leva a essa elevação de preços.

A situação não parece ter uma solução rápida, e supermercados nas regiões de São Paulo e do Triângulo Mineiro, grandes centros produtores, já começam a buscar alternativas em estados como Bahia e Pernambuco, que ainda apresentam produção razoável.

Dentre os tipos de carne, o contrafilé foi um dos que mais subiu, com um aumento de 3,79%, seguido da alcatra e do filé-mignon, com altas de 3,02% e 2,47%, respectivamente. De 18 tipos de carnes monitorados, apenas dois apresentaram redução nos preços, sendo a carne de carneiro e a capa de filé.

E como se não bastasse, o café torrado e moído atingiu um preço médio alarmante de R$ 39,63 por quilo em agosto, o mais alto já registrado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Sem dúvida, o cenário é desafiador e tudo indica que os consumidores terão que se adaptar a essa nova realidade alimentar com preços nas alturas.