Presidente da Coreia do Sul faz acusações chocantes sobre eleições e se recusa a renunciar
2024-12-12
Autor: Gabriel
Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, intensificou seu discurso contra a oposição durante uma transmissão ao vivo na manhã de quinta-feira (12). Ele levantou questões polêmicas ao sugerir que as eleições legislativas do país teriam sido hackeadas pela Coreia do Norte, além de afirmar que não tem a intenção de renunciar ao cargo.
Atualmente envolvido em uma crise política, Yoon já decretou lei marcial em dezembro, uma decisão que buscava restringir direitos civis e fechar a Assembleia Nacional. No entanto, a medida não obteve êxito e foi rechaçada pelos próprios parlamentares, resultando em um pedido de impeachment que não avançou na Assembleia.
Recentemente, a police cercou o gabinete do presidente para uma investigação relacionada à lei marcial, enquanto o ex-ministro da Defesa, identificado como o arquétipo da medida, foi preso por suas ações. Durante suas declarações, Yoon acusou a oposição de tentar derrubá-lo e justificou a lei marcial como uma ação necessária para proteger a nação de uma suposta "ditadura parlamentar".
Em meio a uma investigação criminal por insurreição, o presidente insistiu que sua intenção não era destruir a Constituição, afirmando que lutaria até o fim contra qualquer tentativa de paralisar seu governo e ameaçar a ordem constitucional.
Em sua fala, Yoon também ordenou ao ministro da Defesa que realizasse uma inspeção no sistema da Comissão Eleitoral, alegando que o órgão teria sido alvo de um ataque cibernético por parte da Coreia do Norte no ano anterior. Ele argumentou que a recusa da Comissão em cooperar levantava questões sérias sobre a legitimidade das eleições de abril, onde a oposição conquistou uma significativa vitória, ampliando seu controle na Assembleia.
Desde então, o presidente enfrentou dificuldades em aprovar projetos de lei, incluindo o orçamento para 2025. Sua recente declaração ocorreu horas antes que a oposição apresentasse um novo pedido de impeachment. Essa mudança de tom é notável, considerando que Yoon havia pedido desculpas publicamente na semana anterior, alegando arrependimento por suas ações.
Depois de anunciar a lei marcial, o presidente recebeu forte oposição e protestos de seus cidadãos, que viram a medida como uma tentativa de silenciar a democracia. Diante da pressão, ele se comprometeu a revogar a lei, no entanto, as tensões políticas continuam a crescer, enquanto novas investigações e ações contra sua administração se desenrolam.
A situação política na Coreia do Sul reflete um momento crítico em que questões de segurança nacional e direitos civis estão em conflito, levando a um clima de incerteza e potencial desestabilização. A contínua luta de Yoon sob a sombra da lei marcial e das investigações levanta a dúvida sobre o futuro da democracia sul-coreana. Será que as alegações de Yoon conseguirão reverter sua sorte ou ele acabará abandonado pela classe política?