Proibição de celulares nas escolas: crianças e pré-adolescentes dividem opiniões e levantam questões sobre sua saúde!
2024-12-03
Autor: Pedro
Introdução
No Brasil, a discussão sobre a proibição do uso de celulares nas escolas está ganhando força, com diversas propostas de leis que visam restringir ou até proibir completamente o uso desse dispositivo por crianças. Muitas escolas já implementaram regras rígidas, não permitindo que os alunos utilizem seus aparelhos nem durante as aulas, nem mesmo no recreio.
Motivos do Debate
Mas, por que essa normativa está gerando tanto debate? A questão é que especialistas afirmam que o uso excessivo de telas e redes sociais pode ter efeitos prejudiciais no desenvolvimento cognitivo das crianças. Diversas pesquisas indicam que o tempo prolongado na frente das telas pode afetar negativamente o aprendizado e o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes, com consequências que podem durar a vida toda.
Perspectivas de outros países
Enquanto alguns países, como a Austrália, vão a um passo ainda mais longe e proíbem o uso de redes sociais por jovens menores de 16 anos, o Brasil começa a se atentar à questão. É neste cenário que surge o questionamento sobre o que os próprios jovens pensam sobre essa proibição.
Opiniões dos Jovens
João Vitor Garcia de Oliveira, de 11 anos, estudante da escola municipal Visconde de Cairu, defende a proibição. 'Tem muita gente que fica muito tempo no celular em casa e, na escola, fica olhando a cada cinco minutos para ver se tem notificação', explica ele.
Por outro lado, existe a preocupação com a falta de comunicação em situações de emergência. Nicollas Pietro, também de 11 anos, relata uma experiência assustadora: 'Uma vez tive muita dor e não consegui falar com minha mãe porque a secretaria não tinha o número dela. Se eu tivesse meu celular, poderia ter ligado para ela.'
Enquanto isso, escolas como a Peak School adotam uma posição diferente, permitindo que os alunos usem os celulares apenas para pesquisas quando solicitado pelos professores. Isadora Clemente, de 13 anos, compartilha a experiência de quando as regras mudaram: 'As meninas do fundamental 1 sempre perguntavam o que fazíamos com os celulares. Mas, agora, já não usamos mais tanto.'
O Desejo por Equilíbrio
O equilíbrio é questionado por muitos alunos. Anna Yui Ikehara, colega de João, usa o celular apenas por meia hora antes de dormir, enquanto prefere dedicar seu tempo a brincar com seu irmão. Já outros, como Rafaela Baldini, de 11 anos, valorizam atividades ao ar livre e brincadeiras tradicionais. 'A gente costumava brincar de pega-pega, esconde-esconde, era muito divertido!', lembra.
Preocupações com Emergências
Entretanto, nem todos os alunos estão contentes com a proibição. Muitos querem a liberdade de estar em contato com seus pais em casos de emergência, especialmente aqueles que possuem condições de saúde específicas, como Gabriel D’Aurea, que é diabético e usa o celular para se comunicar com a família.
Controle Familiar
Mas a tecnologia não é completamente descartada. A maioria dos alunos que têm smartphones ainda é supervisionada pelos pais, que usam aplicativos de controle para limitar o tempo de uso. Nicollas explica: 'Eu só posso usar das 19h às 21h.'
Consenso sobre o Uso Excessivo
Apesar das diferentes opiniões, há um consenso entre os jovens: o uso excessivo de celulares pode trazer consequências negativas. Cesar Henrique, de 11 anos, refere-se a experiências que já teve com o uso excessivo e como isso interferiu em sua rotina. 'Uma vez, minha mãe me chamou para comer e eu não ouvi, porque estava no celular. Precisei esquentar a comida dela, que já estava fria.'
Conclusão
E assim, entre opiniões divergentes e questionamentos sobre o bem-estar, fica claro que enquanto os jovens reconhecem os malefícios de um uso excessivo de tecnologia, muitos ainda estão explorando o equilíbrio perfeito entre o mundo digital e as interações reais. O que vem pela frente nesse debate? Uma coisa é certa: a conversa continuará, e as escolas, assim como os estudantes, terão que se adaptar!