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Protestos atingem Bolívia: Agricultores bloqueiam rodovias em defesa de Evo Morales!

2024-10-14

Autor: Matheus

Nesta segunda-feira (14), agricultores bolivianos realizaram protestos massivos, bloqueando rodovias vitais que conectam regiões estratégicas do país, incluindo as rotas entre Cochabamba e Santa Cruz, bem como Chuquiasca. Esta mobilização surge em resposta ao que muitos consideram uma injusta ameaça à liberdade do ex-presidente Evo Morales, que enfrenta investigações por alegações graves, incluindo abuso sexual de uma menor.

Os bloqueios resultaram em sérias interrupções para empresas de transporte rodoviário, afetando milhares de viajantes e o comércio local. O movimento, organizado pelo Pacto de Unidade — uma coalizão de movimentos sociais e indígenas — clama pela "liberdade" de Morales, que atualmente nega todas as acusações. As alegações contra ele incluem crimes pesados como estupro e tráfico de pessoas, que, segundo seus defensores, são parte de um ataque à sua reputação e às suas perspectivas políticas para as próximas eleições.

A controvérsia em torno de Morales data de 2015, quando ele ainda exercia a presidência. A promotora Sandra Gutierrez reabriu a investigação sobre um suposto relacionamento com uma jovem de 15 anos, com quem teria gerado uma filha em 2016. Embora um pedido de prisão tenha sido solicitado, a Justiça boliviana decidiu arquivá-lo temporariamente, gerando descontentamento entre seus apoiadores, que veem a situação como uma tentativa de silenciar a voz de um líder histórico da esquerda na Bolívia.

Além disso, Morales, agora crítico do governo de Luis Arce, argumenta que as ações legais contra ele são uma manobra política destinada a excluí-lo da corrida presidencial em 2024. A situação promete esquentar o clima político no país, com possíveis repercussões nas eleições que se aproximam. Com os protestos ganhando força, o cenário em La Paz e em outras cidades pode se intensificar nas próximas semanas.

Uma pergunta fica no ar: será que a Bolívia testemunhará um renascimento da liderança de Evo Morales ou este será o fim de uma era?