
Protestos em massa contra Trump: 'Mãos Fora!' agitam os EUA e além
2025-04-05
Autor: Matheus
Neste sábado, 5 de março, opositores do ex-presidente Donald Trump tomaram as ruas de todos os 50 estados norte-americanos e em mais seis países — Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, México e Portugal. Os protestos, intitulados "Hands Off!" (Mãos Fora!), visam expressar um forte descontentamento em relação às políticas de Trump, tanto internas quanto externas, implementadas por meio de diversas ordens executivas.
O National Mall, em Washington, DC, é esperado como um dos principais locais de concentração, onde milhares de manifestantes se reunirão em uma demonstração de resistência. Ezra Levin, cofundador do Indivisible, um dos grupos organizadores, enfatizou a importância do evento: "Esta é uma demonstração enorme que enviará uma mensagem muito clara a Trump, aos republicanos e aos aliados do movimento MAGA: não queremos suas mãos em nossa democracia, em nossas comunidades, em nossas escolas, e na vida dos nossos vizinhos."
Trump, que voltou ao cargo em 20 de janeiro, tem enfrentado críticas por suas ordens executivas e por seguir uma agenda conservadora proposta no chamado Projeto 2025, que busca reformular o governo e aumentar a autoridade do presidente. Em resposta, a secretária assistente de imprensa da Casa Branca, Liz Huston, negou as alegações de que Trump planeja cortar benefícios como a Previdência Social e o Medicaid, afirmando que sua posição é clara: "Ele sempre protegerá a Previdência Social e os programas de saúde para os beneficiários elegíveis."
No entanto, as ações de Trump têm sido alvo de diversos processos judiciais por alegações de abuso de autoridade, incluindo tentativas de demissão de funcionários públicos e esforços para restringir direitos de minorias, especialmente da comunidade LGBTQ+. Além disso, grupos que defendem os direitos dos palestinos, contrários à continuidade da ação militar de Israel em Gaza, também são esperados em Washington, planeando marchas em protesto.
Os protestos de 2025, embora menores que a massiva Marcha das Mulheres de 2017, estão sendo organizados com esperança de unir forças progressistas em um evento de grande escala. O Indivisible, que surgiu após a eleição de Trump em 2016, tem colaborado com outros grupos liberais, como MoveOn e o Working Families Party, para fortalecer a mobilização de organizações progressistas em todo o país.
Entre os grupos confirmados para participar estão o Serviço de Empregados Internacionais (SEIU), que representa cerca de 2 milhões de trabalhadores, a Human Rights Campaign, a principal organização de defesa dos direitos LGBTQ nos EUA, e o Greenpeace, um destacado grupo ambientalista. Este movimento contra Trump representa não apenas uma luta política, mas uma batalha pela proteção dos direitos e valores democráticos nos Estados Unidos e no mundo.