Na quarta-feira, dia 11, uma ação ousada de rebeldes sírios resultou no incêndio da tumba de Hafez Assad, pai do atual ditador Bashar Assad, localizada em Qardaha, sua cidade natal. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram homens armados, vestidos com uniformes militares, cantando e marchando ao redor do túmulo em chamas, muitos deles empunhando a nova bandeira da Síria, que é marcada por três estrelas vermelhas e faixas verde, branca e preta.

Hafez Assad tornou-se o líder da Síria após um golpe de Estado em novembro de 1970, dando início a uma dinastia que perdurou por mais de cinco décadas. Ele faleceu em 10 de junho de 2000, aos 69 anos, vítima de um ataque cardíaco durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro libanês da época, Salim al-Huss.

O mausoléu, que foi alvo do incêndio, também abriga os túmulos de outros membros da família Assad, incluindo Bassel, irmão mais velho de Bashar, que era considerado seu sucessor natural até sua morte prematura em um acidente de carro em 1994.

Essa ação rebelde acende um debate acirrado sobre o legado da família Assad e o futuro da Síria, que ainda vive um conflito devastador que começou em 2011. À medida que novos grupos emergem na luta, muitos se perguntam se essa queima simbólica representa um ponto de virada na resistência contra o regime Assad. Será que este é o início do fim para uma era de opressão? As próximas semanas serão decisivas para a Síria e seus cidadãos.