Saúde

Revéillon de fiscalização: Tribunal de Contas descobre melhorias e preocupações nas unidades de saúde de Porto Velho

2025-01-01

Autor: João

Na última noite do ano, o Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) foi a campo para mais uma fiscalização em unidades de pronto atendimento (UPAs) em Porto Velho e no Hospital João Paulo II. Essa ação aconteceu uma semana após uma verificação similar realizada no Natal, e os resultados foram mistos: enquanto algumas melhorias foram notadas, novos problemas alarmantes também vieram à tona.

Os pacientes entrevistados relataram uma notável melhoria no atendimento, destacando que médicos, enfermeiros e todo o pessoal de apoio demonstraram um serviço mais humanizado e ágil. Porém, as equipes de auditoria do TCE-RO identificaram novos desafios críticos: a falta de profissionais de plantão, escassez de medicamentos e insumos, e equipamentos em condições precárias.

Escassez de profissionais em momentos críticos

Durante a inspeção no Hospital João Paulo II, que é o maior pronto-socorro do estado, um ponto negativo recorrente foi a ausência de médicos cirurgiões. Dos três colegas que deveriam estar de plantão, apenas dois estavam presentes, uma situação preocupante, especialmente em um período de alta demanda por cirurgias de emergência. Além disso, a escassez de especialidades, como a ortopedia, foi evidenciada, colocando pressão sobre os poucos médicos disponíveis.

Pacientes foram encontrados internados nos corredores, e as instalações apresentavam condições precárias, com banheiros e outras áreas em estado de abandono. Usuários também reclamaram da falta de informações claras sobre procedimentos de saúde, o que intensifica o estresse e a insegurança durante as internações.

Problemas técnicos na UPA da Zona Leste

Na UPA da Zona Leste, um equipamento de raio-X fora de funcionamento destacou-se como um dos principais problemas. Os servidores informaram que essa não é uma novidade, e a ausência de um aparelho vital prejudica a realização de exames. Outro equipamento específico para exames de fígado e coração também estava paralisado, impedindo o acesso a esses exames essenciais.

Apesar das dificuldades, o TCE-RO apontou que alguns exames e procedimentos começaram a ser disponibilizados ao público, o que é um sinal positivo em meio às adversidades.

Dificuldades em outras unidades

Na UPA da Zona Sul e na Policlínica Ana Adelaide, o TCE-RO também flagrou a falta de profissionais, especialmente técnicos de enfermagem. A UPA sofre com a ausência de insumos, enquanto na Policlínica, o aparelho de raio-X funcionava adequadamente, embora a nova máquina para exames bioquímicos ainda não estivesse em operação devido à falta de pessoal treinado.

A infraestrutura das unidades foi considerada boa pela equipe de auditoria, mas mesmo assim, havia pacientes aguardando a regulação para serem direcionados a hospitais com tratamento adequado.

Conclusão da fiscalização

Esta fiscalização surpresa de Réveillon faz parte de um esforço contínuo do TCE-RO desde o início da gestão do presidente Wilber Coimbra. As informações coletadas serão formalizadas em relatórios que serão enviados aos gestores da saúde de Porto Velho e do Estado.

O TCE-RO se reunirá novamente com representantes municipais e estaduais para discutir as questões levantadas. A persistência dos problemas pode resultar em penalizações, incluindo multas e reprovação nas contas dos responsáveis. A população e os envolvidos ficam em expectativa por soluções que garantam um sistema de saúde mais eficiente e humano.