Economistas consultados pelo Banco Central do Brasil revisaram suas estimativas para a inflação, o valor do dólar e o Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2024. As expectativas para a taxa Selic também passaram por ajustes, com uma nova previsão para os anos de 2025 e 2026. O boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (23), aponta que a previsão é de que o dólar encerre 2024 cotado a R$ 6,00. Recentemente, a moeda norte-americana fechou a R$ 6,071, após ter atingido a marca de R$ 6,30 na semana passada.

As projeções futuras para o dólar foram elevadas, com estimativas para 2025 sugerindo que a moeda será cotada a R$ 5,90. Para 2026 e 2027, as expectativas estão em R$ 5,84 e R$ 5,80, respectivamente. Importante notar que a taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano, foi ajustada para 14,75% em 2025 e 11,75% em 2026, mostrando um potencial aumento significativo. O Banco Central indicou que pode haver mais duas elevações de 1 ponto percentual para conter o risco de inflação crescente.

Além disso, as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram alteradas, passando de 4,89% para 4,91% em 2024 e de 4,6% para 4,84% em 2025. Para os anos de 2026 e 2027, as previsões permanecem em 4% e 3,8%, respectivamente. Essas mudanças ocorreram após a aprovação de projetos do pacote fiscal do governo no Congresso, onde analistas apontaram um desdobramento de diminuição nos impactos fiscais esperados, resultando em uma redução da eficácia das novas medidas que pode variar entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões.

Diante desse cenário, economistas expressam preocupação com a dinâmica inflacionária e a necessidade urgente de ajustes nas políticas econômicas. A atual conjuntura exige uma vigilância intensa, especialmente após as intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, que incluem leilões extras como resposta às flutuações recentes do mercado. Especialistas acreditam que a eficácia dessas medidas será fundamental para estabilizar a economia e controlar a inflação de forma sustentável nos próximos anos. O que o futuro reserva para o nosso bolso? Fique atento!