Nação

Rodrigo Pacheco descarta ministério e planeja candidatura ao governo de Minas Gerais

2025-03-22

Autor: Pedro

Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado e do Congresso, decidiu que não aceitará o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro. No entanto, o senador do PSD-MG ainda mantém a possibilidade de concorrer ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. Fontes próximas ao político afirmam que ele pretende iniciar suas articulações nos próximos meses para viabilizar sua candidatura.

Lula inicialmente esperava que Pacheco se comprometesse a concorrer às eleições de 2024 em troca de um ministério. Entretanto, o senador acredita que é cedo para uma decisão definitiva sobre sua futura candidatura. Para ele, fazer parte do governo seria como se filiar ao PT, partido cujos membros frequentemente aceitam as determinações do presidente sem questionamentos.

Pacheco prefere usar os próximos anos para formar um aliado forte, evitando aceitar uma posição que reduziria suas chances nas eleições. Se aceitasse o ministério, suas alianças com grupos políticos como o PP e a União Brasil em Minas Gerais poderiam ser comprometidas, diminuindo suas perspectivas de vitória.

O ex-presidente do Congresso planeja realizar reuniões com prefeitos das 853 cidades mineiras, empresários, deputados e senadores para consolidar seu próprio suporte para a candidatura ao governo estadual. Ele só se pronunciará publicamente sobre seu projeto após outubro, evitando se expor e se tornar alvo de adversários antes do tempo.

Enquanto isso, Lula gostaria de garantir o apoio de Pacheco o quanto antes. O senador, por sua vez, acredita que ficar fora do governo o colocará em uma posição mais favorável para negociações futuras, o que também beneficia Lula na formação de uma base sólida em Minas Gerais. O presidente sabe que não pode abrir mão de um candidato forte no estado.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Rodrigo Pacheco pensa em abrir mão de uma candidatura. Em 2022, seu nome foi fortemente cogitado para a corrida presidencial, especialmente após um grande evento de filiação ao PSD de Gilberto Kassab no Memorial JK em Brasília. Na ocasião, esperava-se que sua campanha se sustentasse pelo legado de Juscelino Kubitschek, mas o ex-presidente do Senado decidiu priorizar suas funções legislativas.