Saúde

Sifilis atinge 10 pessoas por dia só no DF: uma epidemia silenciosa que precisa ser combatida!

2024-10-14

Autor: Ana

O mês de outubro, frequentemente lembrado por iniciativas relacionadas ao câncer de mama, também se destaca por uma causa que requer atenção urgente: a conscientização sobre a sífilis, especialmente durante a campanha Outubro Verde. Essa Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, ressalta a necessidade de um movimento robusto para aumentar a compreensão e prevenção dessa doença.

A Crescente Epidemia de Sífilis no Distrito Federal

Dados alarmantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que, em 2023, foram registrados impressionantes 3.913 casos de sífilis adquirida, traduzindo-se em uma média de 10 diagnósticos por dia na capital do Brasil. Em adição, 1.135 casos foram notificados entre gestantes, com 302 ocorrências de sífilis congênita, resultando em 7 óbitos infantis no ano passado. Esse panorama indica um aumento alarmante de 61% nas notificações em comparação a 2022, um sinal claro de que essa doença precisa ser levada a sério.

Desafios na Prevenção e Diagnóstico

Embora a sífilis possa ser tratada com penicilina benzatina, a doença continua a se espalhar rapidamente. Um dos principais fatores para isso é o diagnóstico tardio, uma vez que muitos casos permanecem assintomáticos. Medidas preventivas como o uso de preservativos, testagens regulares e o acompanhamento pré-natal são fundamentais. Segundo a Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, para interromper a cadeia de transmissão, é imprescindível aumentar o número de diagnósticos realizados.

Perfil dos Pacientes Diagnosticados

O perfil das pessoas diagnosticadas com sífilis em 2023 é alarmante: muitos são homens entre 19 e 39 anos, com frequência de ensino médio, refletindo o impacto de dinâmicas sociais contemporâneas, como o uso de aplicativos de encontros. Especialistas, como a técnica da SES-DF, Daniela Magalhães, alertam que um número significativo de casos permanece sem diagnóstico, especialmente entre os jovens sexualmente ativos, o que representa um grande risco para a saúde pública.

Sífilis Gestacional e Congênita: Um Alerta de Saúde

A transmissão vertical, ou de mãe para filho, é uma preocupação que pode ser evitada com a detecção precoce da sífilis. A testagem em gestantes deve ser realizada nos primeiros e últimos trimestres da gestação, assim como durante o parto em casos de risco. A SES-DF documentou 1.135 casos da doença em grávidas nos últimos anos, um aumento de 50% em quatro anos. Isso evidencia lacunas na prevenção, principalmente entre mulheres fora da gestação, que geralmente só buscam diagnóstico ao iniciar o pré-natal.

Além disso, o tempo médio de resultado para os testes rápidos de sífilis é de apenas 30 minutos, e esses procedimentos estão disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Testagem e Aconselhamento. Diagnósticos rápidos são vitais para prevenir complicações tanto em adultos quanto em recém-nascidos, e o aumento da acessibilidade a esses testes é um passo essencial na luta contra a sífilis.

A Necessidade de Conscientização e Ação

É fundamental que a sociedade se una em um esforço coletivo para combater a sífilis. Campanhas educativas e de conscientização devem ser intensificadas, focando não apenas em jovens, mas em toda a população. A sífilis não é uma doença do passado, e sua crescente incidência demanda atenção imediata. O que será preciso para deter essa epidemia silenciosa? Afinal, a saúde de todos está em jogo!