A Polícia Federal desencadeou na manhã desta terça-feira (26/11) a Operação Inocência Protegida VII, com o intuito de combater o alarmante compartilhamento de material de abuso sexual infantil em grupos nas plataformas populares WhatsApp e Telegram.

Essa ação foi possível graças a informações recebidas através do portal Comunica PF, que serviram para relatar crimes que atacam a dignidade sexual de crianças e adolescentes. A investigação teve início após denúncias que incluíam capturas de tela, evidenciando a prática de crimes em grupos virtuais.

No decorrer das investigações, foram identificadas 41 linhas telefônicas supostamente envolvidas na disseminação desse material ilícito, com destaque para três delas que estão diretamente relacionadas ao estado do Ceará. A operação culminou na execução de três mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Itapipoca e Aracati, regiões onde os crimes têm se alastrado.

Durante as diligências, os policiais federais apreenderam uma variedade de dispositivos eletrônicos, mídias digitais e outros materiais, que serão submetidos a análises periciais detalhadas. Essas análises têm como objetivo não apenas confirmar a autoria dos crimes, mas também identificar possíveis vítimas de exploração sexual, uma ação crucial para o combate a esse tipo de delito.

Um dos investigados, na tentativa de evitar a captura de provas, escondeu o celular momentos antes do início das buscas, mas foi surpreendido pelos policiais que localizaram o aparelho na caixa de descarga do sanitário.

Os envolvidos nessa operação podem enfrentar sérias consequências, respondendo por crimes de armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, cujas penas podem ultrapassar 10 anos de reclusão. Além disso, a investigação poderá resultar na apuração de outros delitos ainda mais graves, reforçando a necessidade urgente de proteção às crianças e medidas rigorosas contra a pedofilia no Brasil.