Nação

Tarcísio Nomeia Mauro Caseri como Novo Ouvidor da Polícia de SP e Enfrenta Crescente Violência Policial

2024-12-18

Autor: João

Introdução

Nesta quarta-feira (18), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez uma importante nomeação ao designar Mauro Caseri, de 64 anos, como o novo ouvidor da Polícia do estado, cargo que ele ocupará de 2025 a 2027. A oficialização da decisão ocorreu por meio de uma publicação no Diário Oficial. Caseri, que atualmente exerce a função de chefe de gabinete da Ouvidoria, foi escolhido a partir de uma lista tríplice e sucederá Claudio Aparecido Silva.

O papel do ouvidor da Polícia

O papel do ouvidor da Polícia, vinculado à Secretaria de Segurança Pública, é crucial para a promoção da transparência e da responsabilidade nas ações policiais. Caseri terá a função de ombudsman, recebendo denúncias e exigindo a fiscalização das ações policiais, embora não possua autoridade para realizar investigações. Com uma longa trajetória de mais de 30 anos no PT, ele também é reconhecido por suas contribuições a movimentos sociais e foi uma das figuras-chave na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Contexto alarmante

Entretanto, a nova gestão de Caseri começa em um contexto alarmante. O estado enfrenta um aumento preocupante na violência policial, com dados que revelam uma escalada dos confrontos. Nos primeiros nove meses de 2024, o número de mortes causadas por policiais militares cresceu 82% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram registradas 474 mortes entre janeiro e setembro de 2024, em comparação com 261 ocorrências em 2023. Além das mortes, o cenário se agrava com o registro de 231 feridos em confrontos com a polícia, o que representa um aumento de 32% em relação ao ano passado.

Preocupações e promessas

Caseri, ao assumir o cargo, já expressou suas preocupações sobre a atual gestão da segurança pública, destacando a urgência de abordar a letalidade policial e o impacto do estresse mental sobre os agentes. O novo ouvidor promete trabalhar para a restauração da confiança pública e para garantir que a Polícia de São Paulo atue dentro dos limites da lei e do respeito aos direitos humanos. Essa mudança pode ser um divisor de águas, mas a sociedade aguarda ansiosamente resultados concretos.