Tarcísio revela arrependimento sobre câmeras corporais; polêmicas e mudanças à vista!
2024-12-06
Autor: Maria
Durante um evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, compartilhou sua nova perspectiva sobre o uso de câmeras corporais pelas forças policiais. Incialmente crítico, ele admitiu ter tido uma ‘visão equivocada’ sobre a adoção dos dispositivos.
O governador argumentou a favor das câmeras como um "fator de contenção", ressaltando a importância do equilíbrio na atuação policial, especialmente diante do estresse e pressão que os agentes enfrentam. "Precisamos garantir a segurança jurídica dos policiais que estão na linha de frente no combate à criminalidade", afirmou Tarcísio.
Após a divulgação de casos de repressão policial em São Paulo, Tarcísio enfatizou que discursos errôneos podem direcionar a equipe de forma inadequada. Em um claro mea-culpa, ele disse: "Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Hoje, estou absolutamente convencido de que as câmeras são instrumentos de proteção tanto para a sociedade quanto para os policiais. Nós não apenas manteremos o programa, mas também planejamos ampliá-lo".
Tarcísio ainda comentou sobre a necessidade de mais treinamento e reciclagem para os policiais, além da aquisição de equipamentos não letais. Ele destacou que, no caso recente em que um policial militar disparou contra um homem do alto de uma ponte, a situação evidenciou a importância de uma abordagem mais cautelosa e bem treinada.
O governador também se lembrou de suas críticas anteriores, onde em 2022 se opôs ao uso de câmeras, ressaltando que eram uma desvantagem em relação aos criminosos. Ele ressaltou, em uma das declarações, que isso representava uma falta de confiança: "Eu estou dizendo para ele [o policial]: eu não confio em você". No entanto, sua posição mudou drasticamente, refletindo uma evolução em sua compreensão sobre a segurança pública e a eficácia das câmeras.
O novo modelo de utilização das câmeras permite que os policiais decidam quando iniciar a gravação, prometendo maior controle sobre a documentação de suas ações. A Polícia Militar de São Paulo anunciou que fornecerá treinamento às equipes, visando a utilização das câmeras em todas as intervenções.
Essa reavaliação por parte de Tarcísio pode ser vista como um passo importante em direção a um policiamento mais transparente e protegido. No entanto, fica a pergunta: essas mudanças vão realmente impactar a relação entre a polícia e a população ou são apenas um remédio temporário para um problema mais profundo na relação de confiança entre os agentes e a sociedade?