A Joby Aviation, startup californiana que está prestes a revolucionar o transporte aéreo, garantiu um novo investimento de US$ 500 milhões da Toyota, que intensifica sua aposta em soluções de mobilidade inovadoras.

Esse aporte financeiro será utilizado para impulsionar a produção dos primeiros modelos de táxis aéreos e para enfrentar o complexo processo de homologação e certificação exigido pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA. A startup já conquistou quatro das cinco certificações necessárias e está otimista sobre o início das operações comerciais em 2025.

Vale lembrar que este não é o primeiro investimento da Toyota na Joby. Em 2020, a montadora japonesa já havia disponibilizado US$ 394 milhões, além de oferecer suporte tecnológico, administrativo e na linha de produção da empresa. Essa parceria estratégica ressalta a visão de longo prazo da Toyota em participar ativamente do emergente mercado de eVTOLs (aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical).

A Joby não está sozinha nesse novo mercado. A Archer, outra startup da Califórnia, também avança em seu projeto de táxi aéreo elétrico, com protótipos que já mostram uma autonomia de até 100 quilômetros e velocidades superiores a 200 km/h. Com o apoio da United Airlines e Stellantis, a Archer promete desenvolver uma alternativa mais sustentável ao transporte aéreo urbano.

Segundo estimativas, passagens para voos de 20 quilômetros entre locais emblemáticos, como Hollywood e o aeroporto internacional de Los Angeles, podem reduzir em até 50% a pegada de carbono em comparação com helicópteros tradicionais, tornando a mobilidade urbana mais verde e eficiente.

Na América do Sul, a Embraer também se destaca através da sua startup Eve. Com voos inaugurais programados para o início de 2025, a Eve almeja obter certificações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que possui um acordo bilateral com a FAA, permitindo uma entrada mais ágil no mercado americano. Além disso, a fabricante brasileira já recebeu cartas de intenções para a entrega de até 3.000 unidades, totalizando US$ 14,5 bilhões em pedidos.

No panorama global, a Deloitte aponta que aproximadamente 200 empresas estão desenvolvendo tecnologias de eVTOL. O mercado, estimado em US$ 4 bilhões em 2025, deve crescer exponencialmente para US$ 57 bilhões na próxima década. Com essa expansão, as indústrias estão em busca de formas de atender à crescente demanda por transporte aéreo sustentável e eficiente.

Enquanto isso, gigantes como Boeing e Airbus estão começando a se mover nesse espaço, embora com menos foco comparado às startups mencionadas. A corrida pelos céus urbanos está só começando, e é aí que o potencial de transformação na mobilidade urbana se revela. Estamos preparados para um futuro onde o céu será a nova estrada?