Nação

Tragédia em Belo Horizonte: pai e madrasta condenados pela morte brutal de Ian

2024-12-12

Autor: Maria

Em um desfecho chocante, o pai e a madrasta de Ian Henrique Almeida Cunha foram condenados por homicídio qualificado após o trágico assassinato do menino de apenas 2 anos, ocorrido em 2023 em Belo Horizonte. O veredicto foi proferido na madrugada desta quinta-feira (12/12).

O pai foi sentenciado a 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, enquanto a madrasta recebeu uma pena ainda mais severa de 35 anos, também em regime fechado, ambos por homicídio qualificado, considerando motivos torpes e a condição da vítima como menor de 14 anos.

O julgamento, que teve início na terça-feira (10/12), foi repleto de emoções e alegações contraditórias. A madrasta negou qualquer envolvimento, atribuindo a culpa ao pai. Ela relatou que a agressão se deu após Ian ter urinando na cama, com o pai reagindo de forma violenta.

Testemunhas relataram que o clima entre a mãe de Ian e o ex-companheiro se deteriorou, principalmente após a determinação judicial que ampliou a pensão alimentícia, levando a um ambiente cada vez mais tenso. A mãe, que havia rompido o relacionamento devido a traições, manifestou preocupação constante com a segurança do filho nas visitas ao pai.

Fatos alarmantes foram apresentados no tribunal, incluindo lesões prévias que Ian apresentou após visitas à casa do pai, levando a mãe a registrar um boletim de ocorrência devido a um incidente em que a criança retornou com o ouvido sangrando. Essas delações levantaram um panorama sombrio sobre o ambiente em que a criança estava inserido.

No dia da tragédia, a mãe recebeu um telefonema do pai informando-a de que Ian havia caído e batido a cabeça. Porém, a gravidade dos ferimentos estava além do que seria esperado para uma simples queda, conforme evidenciado pelos médicos que atenderam a criança, que chegou ao hospital em estado crítico.

A acusação argumentou que a madrasta teria torturado a criança, e que o pai, ciente das gravidades dos ferimentos, demorou em buscar assistência médica. A negligência dos réus potencializou as chances de sobrevivência do garoto, que não resistiu aos ferimentos.

A dor e a indignação da comunidade continuam, enquanto novos detalhes e testemunhos emergem desse caso trágico. A Justiça de Minas Gerais promete não deixar impunes os crimes contra crianças, reforçando a necessidade de proteger os mais vulneráveis.

Ainda mais perturbador é o reflexo dessa tragédia nas redes sociais, onde a história de Ian viralizou, com milhares de internautas clamando por justiça e exigindo mudanças nas leis que protejam as crianças contra abusos familiares.