O que começou como uma celebração histórica para o Porto Vitória, do Espírito Santo, acabou se transformando em uma tragédia. Após garantir a classificação para a final do Campeonato Capixaba, o auxiliar técnico Nilmar Filho, de 52 anos, sofreu um infarto e faleceu na noite de domingo (23/3).

Na partida de ida da semifinal, o Porto Vitória havia sido derrotado por 1 a 0, necessitando assim de uma vitória na partida de volta, fora de casa, para avançar a final do estadual pela primeira vez em sua trajetória de apenas 10 anos.

Os visitantes conseguiram vencer a partida por 2 a 0, alcançando um feito histórico para o clube. No entanto, a alegria durou pouco. Dentro do vestiário do estádio Salvador Costa, Nilmar começou a sentir dor no peito e formigamento no braço esquerdo, sintomas típicos de um infarto. Foi imediatamente levado ao pronto atendimento, onde as tentativas de reanimação foram feitas, mas ele veio a falecer por volta das 19h30.

Nilmar Filho nasceu em Salvador e foi um conhecido lateral-esquerdo, tendo defendido as cores do Bahia na Série A do Campeonato Brasileiro, além de conquistar o Campeonato Baiano de 1994. Depois de encerrar sua carreira como jogador, ele se dedicou a se preparar para o trabalho nos bastidores do futebol. Como auxiliar do técnico Rodrigo Chagas, que também é um ex-jogador do Cruzeiro, Nilmar teve passagens por clubes como Vitória-BA e Jacuipense, antes de chegar ao Porto Vitória há pouco mais de um mês.

Infelizmente, sua passagem pelo Porto Vitória durou apenas 36 dias. O clube, em um gesto de respeito e pesar, publicou uma nota de condolências nas redes sociais: “Neste momento de dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e a todos que tiveram o privilégio de conviver com Nilmar. Sua presença e trabalho árduo deixarão uma marca indelével em nossa equipe e na história do clube. Que Nilmar descanse em paz, e que sua memória siga inspirando todos nós.”

Essa tragédia ressalta a importância de cuidar da saúde no esporte, algo que, lamentavelmente, nem todos se lembram, mesmo em momentos de vitória e celebração. Fica a reflexão sobre como a pressão e o estresse no mundo do futebol podem ter consequências devastadoras.