Na sexta-feira (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio significativo ao assinar um contrato com a Boeing para o desenvolvimento de uma nova geração de aviões de combate: o F-47, descrito como "o caça mais letal do mundo". Esta nova aeronave faz parte da iniciativa Next Generation Air Dominance (NGAD).

O contrato foi resultado de uma intensa concorrência entre as principais empresas aeroespaciais do país e marca um avanço crucial na elaboração de um substituto para o icônico F-22, que está em operação há mais de 20 anos. O F-47 não apenas promete ser mais avançado, mas também possui a capacidade de operar em conjunto com drones não tripulados.

"Ninguém no mundo pode comparar-se a isso. O F-47 é um número precioso escolhido pelos generais e eu, como 47º presidente dos EUA, estou orgulhoso de anunciar isso", afirmou Trump durante sua coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca.

Não se Trata Apenas de Tecnologia Militar

Além da impressionante capacidade tecnológica, o F-47 foi projetado para integrar tecnologias furtivas de última geração, um sofisticado sistema de fusão de sensores e capacidades de ataque de longo alcance, permitindo que ele enfrente adversários em ambientes altamente contestados. O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, também presente no anúncio, destacou a importância estratégica do caça, afirmando que sua fabricação é uma mensagem clara tanto para aliados quanto para inimigos.

"O F-47 nos mostra que não estamos indo a lugar nenhum para nossos aliados e que, para nossos inimigos, podemos e vamos manter poder global", ressaltou Hegseth.

Um Reforço Necessário Para a Boeing

Esse contrato é um grande alívio para a Boeing, que enfrentou um recente período de dificuldades, incluindo uma longa greve trabalhista e problemas de segurança em alguns modelos de suas aeronaves. O projeto NGAD havia sido interrompido em 2024 devido a preocupações com os custos, o que se tornou uma prioridade durante o segundo mandato de Trump. O governo se comprometeu a otimizar gastos com a criação do Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo bilionário Elon Musk.

Embora os valores deste novo contrato não tenham sido divulgados por razões de segurança, estima-se que a estrutura do NGAD poderia custar até 300 milhões de dólares por unidade, muito acima de outras aeronaves atualmente em serviço na reserva militar americana.

Os desdobramentos dessa iniciativa serão observados de perto no cenário global, especialmente considerando a crescente tensão geopolítica envolvendo potências militares como a China e a Rússia. Afinal, o que essa nova era de aviação militar pode significar para o equilíbrio de poder mundial?