
Trump minimiza vazamento de planos de guerra e caos no Congresso; Chefes da CIA e FBI prestam contas
2025-03-25
Autor: Maria
Trump minimiza o vazamento de planos de guerra
Nesta terça-feira, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre o vazamento de planos ultrassecretos relativos a bombardeios contra os rebeldes Houthis no Iémen, chamando o incidente de “uma falha, mas que não é nada sério”. O episódio surgiu após uma reportagem da revista Atlantic, que revelou que o editor-chefe, Jeffrey Goldberg, foi acidentalmente adicionado a um grupo de mensagens criptografadas no aplicativo Signal, onde altos oficiais do governo discutiam informações sensíveis de segurança nacional.
Convocação das autoridades de inteligência
A Casa Branca confirmou o vazamento e agora as principais autoridades de inteligência do governo Trump foram convocadas ao Congresso para esclarecer o ocorrido. As audiências estão programadas para esta terça-feira com o Comitê de Inteligência do Senado e na quarta-feira com a Câmara dos Representantes. Convocados para essas reuniões estão o diretor do FBI, Kash Patel; o diretor da CIA, John Ratcliffe; e a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard.
Reações de Trump e da Casa Branca
Durante uma entrevista à NBC News, Trump comentou que seu Conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, “aprendeu a lição e é um bom homem”. Contudo, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou que planos de guerra tenham sido discutidos nas mensagens, apesar da confirmação do vazamento.
Audiência e reações
Durante a audiência, Gabbard se esquivou de mencionar se estava envolvida nas conversas, citando revisões em andamento sobre o assunto. Já o diretor da CIA admitiu sua participação, afirmando que seu envolvimento foi “inteiramente permitido e legal” e não incluía informações confidenciais.
Preocupações no Congresso
A situação gerou preocupação entre os parlamentares. O senador democrata Ron Wyden indagou aos diretores das agências sobre suas participações e detalhou que acredita que renúncias são necessárias, iniciando pelo Conselheiro de Segurança Nacional e pelo Secretário de Defesa.
Críticas ao vazamento
Além disso, o senador Jack Reed, da Comissão de Serviços Armados, descreveu o vazamento como uma das falhas mais gritantes em segurança operacional que já viu. O deputado Jim Himes também expressou indignação, sugerindo que, se um funcionário de menor escalão tivesse cometido um erro semelhante, provavelmente enfrentaria consequências severas, incluindo a perda de acesso a informações sigilosas.
Repercussão internacional
A repercussão do vazamento se estendeu até o Reino Unido, onde um porta-voz do primeiro-ministro Keir Starmer minimizou as declarações feitas nas mensagens, reiterando que o Reino Unido continuará a cooperação com os EUA em questões de segurança no Oriente Médio. No entanto, o descontentamento dos aliados europeus com a administração Trump já era uma preocupação preexistente, especialmente em relação às críticas do ex-presidente sobre o gasto em defesa.
Tensões nas relações transatlânticas
Conforme o vazamento foi analisado, surgiram revelações de que o Conselheiro de Segurança Nacional, Waltz, afirmou que os EUA cobrariam os custos do ataque e “passariam a fatura para os europeus”, reforçando as tensões já existentes nas relações transatlânticas.
Implicações políticas
A confusão e as implicações políticas do vazamento permanecem em destaque, enquanto o Congresso exige maior responsabilidade e transparência sobre os protocolos de segurança nacional.