O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou para jovens em Phoenix, Arizona, no dia 22 de dezembro de 2024, e fez promessas impactantes para seu segundo mandato, que começa no final de janeiro de 2025.

Trump afirmou que, no primeiro dia de sua nova administração, tomará medidas drásticas para "deter" o que considera "loucura transgênero". "Assinarei ordens executivas para acabar com a mutilação sexual infantil e retirar os transgêneros do Exército e das escolas de ensino fundamental e médio", declarou durante a conferência AmericaFest, que atraiu um público conservador engajado.

Ele ainda se comprometeu a "manter os homens fora dos esportes femininos", anunciando que será política oficial do governo dos EUA reconhecer apenas dois gêneros: masculino e feminino. Essas declarações aumentam a polarização em torno do tema, que tem dominado as discussões políticas e sociais no país nos últimos anos.

Trump também mencionou que os estados democratas e republicanos estão tomando direções opostas sobre políticas relacionadas a questões transgênero, incluindo tratamentos médicos e a presença de literatura sobre diversidade de gênero em bibliotecas. Esses debates indicam uma divisão crescente na sociedade americana, refletindo tensões sobre direitos civis e liberdade de expressão.

Reafirmando sua visão para o futuro, Trump declarou que, em 20 de janeiro, os Estados Unidos virarão a página de quatro anos de "fracasso, incompetência e decadência nacional", prometendo uma nova era de "paz, prosperidade e grandeza".

Além de suas promessas relacionadas ao gênero, Trump não se esquivou de temas de segurança nacional. Ele renovou suas ameaças contra cartéis mexicanos, prometendo classificá-los como terroristas assim que assumir o cargo. Segundo ele, essa é uma medida urgente e será implementada imediatamente.

Em seu discurso, Trump também comentou sobre a questão do Canal do Panamá, insistindo que deseja retomar o controle dessa área estratégica, o que pode trazer tensões com o governo mexicano, que, sob a liderança da presidente Claudia Sheinbaum, já se mostrou contrário à rotulação de cartéis como terroristas, argumentando que isso ameaçaria a soberania nacional.

Trump ainda destacou que, ao assumir o poder, pretende lançar a "maior operação de deportação da história dos Estados Unidos", reforçando seu compromisso com uma política de imigração rigorosa, que tem sido uma das bandeiras de sua carreira política.

Com tantas promessas e um eleitorado dividido, a expectativa é que o ambiente político americano se torne ainda mais volátil nos próximos meses.