Você Sabia Como Estão os Primeiros Colocados dos Vestibulares da Ufes?
2024-12-13
Autor: Julia
Com a chegada do próximo mês, candidatos que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão ansiosos para conhecer seus resultados. Para preparar o clima, A Tribuna resolveu investigar os destinos dos primeiros colocados dos vestibulares anteriores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Antes da era do Enem, passar pelos vestibulares era uma verdadeira maratona. Naquela época, a Ufes não utilizava o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e muitos estudantes tiveram suas histórias celebradas nas páginas do jornal A Tribuna.
Um exemplo icônico é o de Geilson Loureiro. Em 1982, com apenas 16 anos, ele conquistou o 1º lugar geral na Ufes, alcançando impressionantes 2.272 pontos e ingressando no curso de Engenharia Elétrica. Nascido numa família de classe média em Maruípe, Vitória, Geilson sonhou, em sua adolescência, em estudar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Depois de um ano na Ufes, onde se preparou intensamente, Geilson foi admitido no ITA e prosseguiu sua formação acadêmica com um mestrado e um doutorado na Loughborough University, na Inglaterra. Hoje, aos 59 anos, ele se destaca como coordenador-geral de Infraestrutura e Pesquisas Aplicadas (CGIP) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e continua seu trabalho de docência.
Em uma entrevista, Geilson contou que sempre teve uma rotina intensa de estudos. “Estudava uma média de 18 horas por dia. Tinha um ciclo de estudo em que revisava todo o conteúdo da semana,” revelou. Ele afirmou que seu foco sempre foi dar uma contribuição valiosa ao conhecimento, ao invés de buscar cargos ou títulos.
Além de sua trajetória, é interessante notar a evolução dos vestibulares ao longo dos anos. Um exemplo é o de Maria Cristina Herkenhoff Ribas, que, em 1991, com 17 anos, conseguiu a primeira colocação no vestibular da Ufes em Engenharia Civil, obtendo 1.559 pontos. Maria Cristina considerava essa conquista como “o primeiro ideal realizado” na sua vida e ressaltou a importância de se dedicar às matérias de exatas, suas favoritas.
Hoje, aos 50 anos, mora no Rio de Janeiro e é superintendente na área de infraestrutura, onde se destaca em sua carreira na indústria e construção pesada. Com uma nostalgia tranquila, Maria Cristina compartilha: “Quando olho para trás, fico feliz ao ver o quanto já produzi e aprendi em quase 30 anos de profissão.”
Ela ainda tem planos de contribuir com a liderança feminina no ambiente corporativo, iniciando um projeto voluntário que visa apoiar e incentivar mulheres em posições de comando.
Essas histórias inspiradoras não são apenas lembranças do passado. Elas-refletem a dedicação e a persistência de candidatos que passam pelo vestibular, mostrando que, apesar dos desafios, é possível alcançar grandes conquistas! Fique ligado porque essas trajetórias de sucesso continuam moldando o futuro da educação e do mercado de trabalho no Brasil.