No último domingo de setembro, Donald Trump se reuniu em sua cobertura na Trump Tower com algumas das figuras mais influentes e abastadas do Partido Republicano. Durante o jantar, o ex-presidente expressou uma série de frustrações, deixando claro que seus aliados e doadores deveriam se esforçar mais em sua campanha.

Entre as pérolas de suas críticas, Trump atacou a vice-presidente Kamala Harris, a chamando de "retardada" e expressando seu descontentamento com o apoio que ela ainda recebe de parte da comunidade judaica, sugerindo que deveriam passar por avaliações psiquiátricas por não apoia-lo.

Em um dos momentos altos da conversa, Trump se vangloriou por ajudar seus doadores com impostos, um comentário que, segundo fontes presentes, não refletiu a verdade para todos ali. Essa narrativa explosiva, reportada por sete fontes sob anonimato, coloca em evidência o temperamento cada vez mais difícil de Trump conforme se aproxima o Dia da Eleição.

A frustração de Trump é amplificada pela sua insuficiente arrecadação, que até o momento é menor do que a de sua oponente. Até agora, Harris já arrecadou mais de 1 bilhão de dólares, enquanto Trump enfrenta dificuldades significativas para levantar fundos para sua campanha.

Cerca de 4.800 quilômetros de distância, enquanto Trump participava do jantar, Kamala Harris realizava um evento em Los Angeles, arrecadando impressionantes 28 milhões de dólares. Indivíduos próximos a Trump notaram que ele estava frequentando eventos de arrecadação em Estados republicanos e adaptando suas agendas devido a preocupações com sua segurança.

Na próxima quarta-feira, Trump planeja um "jantar à luz de velas" em Mar-a-Lago, onde os convidados são chamados a contribuir significativamente para sua campanha. Enquanto isso, Harris estará em um importante evento na Pensilvânia, um estado que pode ser decisivo nas eleições.

A competição financeira entre Trump e Harris é evidente, com a vice-presidente superando o ex-presidente em gastos publicitários nos últimos meses, especialmente em plataformas como Meta, onde Trump investiu apenas uma fração do que a equipe de Harris gastou em anúncios.

Adicionalmente, Trump também tem se mostrado preocupado com a possibilidade de Harris obter uma quantidade ainda maior de doações se ela se tornar a candidata principal do Partido Democrata. Durante interações com doadores, ele fez exigências excepcionais para arrecadar quantias exorbitantes, como 1 bilhão de dólares de representantes de grandes empresas do setor de petróleo e gás.

Apesar dos desafios financeiros, Trump continua a mobilizar seu apoio, mesmo que suas estratégias de arrecadação tenham mudado em resposta à pressão da concorrência. O cenário está se intensificando à medida que as eleições se aproximam, e os doadores e simpatizantes de ambos os lados se preparam para uma batalha feroz nas urnas.