Na madrugada desta terça-feira (19), a Ucrânia surpreendeu o mundo ao realizar seu primeiro ataque com mísseis ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, contra alvos na Rússia, marcando um novo capítulo no conflito que já se arrasta por mil dias.

O ataque, que utilizou seis mísseis, teve como alvo o 67º Arsenal da Grau, localizado em Karatchev, a aproximadamente 150 km da fronteira ucraniana. De acordo com informações do Ministério da Defesa da Rússia, cinco dos mísseis foram interceptados, enquanto os moradores da região reportaram grandes explosões resultantes do que parece ter sido um ataque bem sucedido, embora a Ucrânia ainda não tenha comentado oficialmente sobre a ação.

Essa operação ocorre em um contexto tenso, com o Kremlin recentemente alterando sua doutrina nuclear, permitindo que Vladimir Putin considere o uso de armas nucleares contra qualquer país que ataque o território russo. Essa mudança é um aviso claro aos Estados Unidos e seus aliados, que têm aumentado seu apoio militar à Ucrânia. Especialistas afirmam que a liberação dos mísseis ATACMS, que possuem um alcance entre 140 km e 300 km, representa um potencial acirramento das hostilidades.

Apesar do impacto simbólico e estratégico do ataque, não há uma avaliação clara de que ele possa alterar significativamente o rumo da guerra em solo. Até o momento, as incursões mais distantes na Rússia eram realizadas principalmente por drones ucranianos, focando em alvos como refinarias e bases aéreas.

Os desdobramentos deste ataque podem intensificar as tensões já elevadas e desencadear novas reações tanto do governo russo quanto da comunidade internacional. A situação continua a evoluir, e o que vem a seguir pode definir não apenas o futuro da Ucrânia, mas também o equilíbrio de poder na região.