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Último hospital operacional no norte de Gaza é fechado após operação militar israelense, alerta OMS

2024-12-27

Autor: Fernanda

Uma operação militar conduzida pelas Forças de Defesa de Israel nesta sexta-feira, próxima ao hospital Kamal Adwan, resultou na interrupção das atividades do último grande centro de saúde no norte de Gaza, conforme reportado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a OMS, a incursão no hospital, localizado em Beit Lahia, causou danos devastadores, apagando os serviços essenciais de saúde em uma região já severamente afetada pelo conflito. "Relatos iniciais indicam que a operação resultou em incêndios e destruições significativas nas instalações do hospital. Sessenta membros da equipe médica e 25 pacientes estão em estado crítico", afirmou a organização em uma atualização na plataforma X.

O Exército israelense confirmou que a ação visava combatentes do Hamas e alegou que a operação foi necessária para proteger a segurança de seus cidadãos. No entanto, o Hamas denunciou a invasão como uma afronta e um ataque direto a civis e trabalhadores da saúde.

Este ataque ao hospital ocorre em um contexto alarmante onde a crise humanitária em Gaza se intensifica a cada dia. Nos últimos meses, milhares de palestinos foram deslocados e a infraestrutura de saúde está quase colapsada. Em um evento trágico, informações recentes indicam que uma explosão em outro hospital em Gaza deixou pelo menos 500 mortos, aumentando ainda mais a urgência por assistência internacional.

O diretor do hospital Kamal Adwan, Hossam Abu Safiya, havia relatado anteriormente a perda de cinco membros de sua equipe em um bombardeio israelense, destacando as consequências brutais da guerra que já dura mais de um ano entre Israel e o Hamas.

Com a operação de hoje, a situação de saúde pública no norte de Gaza se torna cada vez mais desesperadora, levantando questões sobre a responsabilidade dos governos e a necessidade de um cessar-fogo humanitário. A comunidade internacional está sob pressão crescente para intervir e ajudar a aliviar o sofrimento da população civil na região.