Nesta segunda-feira, 7 de outubro, completa-se um ano do ataque sem precedentes do grupo terrorista Hamas a Israel, que resultou em mais de 42 mil mortos, um número chocante que ultrapassa a população de 87% das 295 cidades do estado de Santa Catarina.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel, entre os mortos estão 782 soldados que combateram na Faixa de Gaza desde o início do ataque, que fez 1,2 mil vítimas israelenses logo no primeiro dia. Em meio ao luto, Doron Journo expressou sua dor ao perder sua filha Karin, de apenas 23 anos, durante os ataques.

Durante esse mês de horror, os militantes do Hamas capturaram 251 indivíduos, dos quais 97 ainda estão como reféns em Gaza. Tragicamente, 34 desses reféns teriam sido confirmados como mortos, segundo informações de Israel. Em resposta a essa situação, Israel iniciou uma ofensiva militar intensificada, visando eliminar o Hamas.

A desoladora cifra de mortos na Faixa de Gaza atinge 41.909, segundo o Ministério da Saúde da região, revelando o alto custo humano do conflito.

A palestina Israa Abu Matar, de 26 anos, resumiu o sentimento de muitos: “Sentimos como se o mundo tivesse parado em 7 de outubro.” Em memória das vítimas, cerimônias e vigílias foram realizadas em Israel, enquanto o exército do país aumentou sua ação contra grupos militantes, inclusive no Líbano, onde o Hezbollah também intensificou os ataques, lançando mísseis contra cidades como Haifa.

Repatriação de Brasileiros e Perdas Trágicas

No contexto do conflito, brasileiros no Líbano estão sendo repatriados. Um voo da Força Aérea Brasileira trouxe 228 cidadãos de volta para Guarulhos, em São Paulo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o governo israelense, afirmando: “A punição contra o Hamas também deve considerar as vidas de inocentes, mulheres e crianças que têm sido perdidas em um ciclo de vingança.”

Infelizmente, a violência deixou marcas profundas, com a morte de dois adolescentes brasileiros no Líbano: Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e Mirna Raef Nasser, de 16 anos, vítimas de bombardeios.

A Resposta Mundial ao Conflito

Líderes de várias nações expressaram suas preocupações com a continuidade do conflito. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, honrou os mortos e reafirmou a determinação de trazer os reféns de volta. Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que o dia 7 de outubro de 2023 foi o mais mortífero para os judeus desde o Holocausto, enfatizando que a história também lembrará este dia como um momento sombrio para os palestinos.

A situação no Oriente Médio mantém-se volátil e preocupante, como notou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell: “O povo da região enfrenta um ciclo de violência que parece interminável, e a comunidade internacional luta para encontrar uma solução efetiva.”

Um ano após o início do conflito, o mundo observa com apreensão, esperando que se encontre um caminho para a paz e a reconciliação.