Nação

Vereadora de SP Retira Louças do Gabinete e Gera Polêmica

2025-01-01

Autor: João

A ex-vereadora Janaína Lima, do PP, causou alvoroço na Câmara Municipal de São Paulo ao desinstalar e levar um vaso sanitário e duas pias de seu antigo gabinete. A atitude inusitada foi surpreendente, especialmente porque ela não foi reeleita e o novo ocupante do gabinete, vereador Adrilles Jorge (União), não foi avisado que receberia o espaço sem essas peças essenciais.

Ricardo Teixeira, recém-eleito presidente da Câmara, declarou que essa situação é inédita e que a Mesa Diretora irá investigar as medidas a serem tomadas, levantando questões sobre a ética e responsabilidade no uso de bens públicos.

Janaína afirmou que os itens retirados foram adquiridos durante seu mandato e, portanto, pertenciam a ela e não ao patrimônio da Câmara. Ela enfatizou que, ao assumirem os gabinetes, os vereadores devem garantir que o local seja devolvido no estado em que foi recebido. Surpreendentemente, imagens de câmeras de segurança mostram um funcionário carregando a privada e as pias para fora do prédio.

O novo vereador, Adrilles Jorge, que assumiu o gabinete em uma cerimônia oficial na quarta-feira (1º), se deparou com a situação e admitiu que foi pego de surpresa. Mesmo brincando sobre a situação, ele expressou preocupação em precisar usar banheiros coletivos, fazendo um paralelo com a questão sobre estar sem um banheiro adequado.

Além da polêmica sobre as louças, o gabinete de Janaína passou por uma significativa reforma em 2019, quando ela o transformou em um "coworking legislativo" com a intenção de promover a inovação e receber empreendedores com ideias voltadas para o desenvolvimento da cidade.

Janaína também deixou claro que a maioria dos itens que permanecem no gabinete, como divisórias e luminárias, foram fruto de investimento pessoal, e ela ficaria feliz em colaborar com Adrilles para manter esse conceito.

A situação levanta importantes discussões sobre a responsabilização e a integridade dos agentes públicos em relação ao patrimônio coletivo, especialmente em tempos em que a transparência é fundamental para a confiança da população nas instituições. Esse episódio poderá servir de aprendizado para os futuros mandatos e reforçar a necessidade de um diálogo aberto sobre a ética no serviço público.